Nova Iorque – Várias movimentações em torno de uma melhor acção do homem no que toca à gestão dos recursos disponíveis, com vista a sua preservação, têm agitado nos últimos dias a cidade americana de Nova Iorque, em vésperas da realização da Cimeira sobre o Clima.
A cimeira terá lugar no quadro do 69º período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Tanto da parte dos organismos oficiais das distintas regiões, como
dos grupos de pressão aos mais variados níveis, as movimentações são evidentes, tudo por um futuro melhor decorrente de “um planeta limpo”.
Neste quadro, entre muitas acções políticas, as lideranças neste domínio dos países africanos e europeus juntaram-se na sede da União Europeia, nesta cidade, para uma Mesa Redonda Ministerial Informal sobre Alterações Climáticas, na qual Angola participou, nesta semana, com a ministra do Ambiente, Fátima Jardim.
Muitas das discussões têm já em conta a 20ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 20), um evento que reunirá representantes nacionais dos países signatários da mesma para discutirem o Regime Climático Global.
Este evento, que terá lugar até ao final do ano no Peru, está revestido de especial importância por fazer parte do processo de negociação de um novo acordo mundial sobre o clima.
As negociações sobre o novo acordo começaram oficialmente durante a CPO19, que teve lugar em Varsóvia, e espera-se que sejam finalizadas na CPO21, em França (2015).
Do outro lado, também neste quadro, organizações e activistas de diferentes quadrantes, políticos, artistas e outros marcharam, domingo, durante algumas horas, por ruas de Nova Iorque, solicitando mudanças reais nas políticas dos governos com vista um planeta mais limpo e sem as ameaças decorrentes do uso abusivo dos recursos naturais.
Utilizando slogans como Maiores e melhores políticas, Descolonização do Planeta, Por um planeta limpo, Preservem o nosso mundo, as várias centenas quiseram mostrar a sua voz e opinião sobre a realidade em que vivemos.
Com isso, nas suas mais distintas formas de comunicação, chamaram a atenção dos governos para a sua responsabilidade neste domínio, mas também dos cidadãos sobre os seus direitos.
Em relação a este assunto, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, salientou que hoje todos os países estão preocupados com as questões climáticas, particularmente pela qualidade de ozono que os mesmos põem na atmosfera, mas também pela degradação geral.
Neste sentido, disse o ministro, estas discussões têm de continuar para que tenhamos todos uma perspectiva geral, que possa limitar a acção do homem sobre a degradação do clima.
“Temos a expectativa de que as decisões a serem tomadas nestas discussões possam criar amplos consensos, que nos irão permitir trabalhar de maneira conjunta numa só direcção”. (portalangop.co.ao)
