(REUTERS/Lucas Jackson)
Depois de quase 20 anos governada pelo partido republicano, a cidade de Nova York se prepara para receber um prefeito democrata, o ítalo-americano Bill de Blasio. A população foi às urnas nesta terça-feira e tudo indica que o democrata será eleito com uma margem confortável em relação ao seu concorrente, o republicano Joseph Lhota. O candidato independente Adolfo Carrion nunca conseguiu passar de 2% nas pesquisas de intenção de voto.
De Blasio, provável sucessor de Michal Bloomberg, prometeu mudanças radicais em relação à política do atual prefeito e se posicionou como um “progressista com orgulho”, defensor da classe média, das famílias e das minorias. O candidato também se comprometeu a construir 200 mil apartamentos sociais, a substituir o chefe de polícia acusado de práticas racistas e a priorizar hospitais de bairro. O carro-chefe de sua campanha foi a ideia de aumentar os impostos dos mais ricos para poder financiar creches para todas as crianças menores de quatro anos. Nova York é a cidade com mais bilionários do mundo, mas também onde 21% da população vive abaixo da linha de pobreza.
Chirlane Mc Gray, esposa do candidato democrata, votou junto com o marido nesta manhã, acompanhados de seus dois filhos adolescentes. Mc Gray, que é afro-descentende, foi uma peça fundamental na campanha do marido, dando uma imagem moderna da família.
Lhota, que havia afirmado que caso De Blasio fosse eleito levaria Nova York de volta ao caos, ainda não se deu por vencido e garantiu que os únicos números que importam são aqueles divulgados depois da contagem oficial de votos. (portugues.rfi.fr)
