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    EUA e Rússia iniciam negociações sobre crise na Ucrânia

    O chanceler russo Serguei Lavrov e o secretário de Estado americano John Kerry (REUTERS/Brendan Smialowski/pool)
    O chanceler russo Serguei Lavrov e o secretário de Estado americano John Kerry
    (REUTERS/Brendan Smialowski/pool)

    O secretário de Estado americano John Kerry conversou neste sábado (29) pelo telefone com o chanceler russo Sergueï Lavrov, para estabelecer um novo calendário de negociações sobre a crise ucraniana. Neste sexta-feira, o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, já havia telefonado ao presidente Barack Obama, que ameaçou o país de sanções económicas na falta de um diálogo sobre a crise na Ucrânia.

    O secretário de Estado americano veio de Riad para Paris neste sábado e deverá se encontrar com o ministro russo no início da próxima semana. A viagem foi decidida de última hora, segundo o seu porta-voz. O avião que ia para Washington deu meia-volta na Irlanda para deixá-lo em Paris. Obama pediu que ele se encontrasse com o chanceler russo “o mais cedo possível.”

    O presidente americano já havia deixado claro que a única maneira de solucionar a crise na Ucrânia seria uma cooperação internacional, que incluísse a retirada das tropas russas da fronteira e a retomada do diálogo com o governo ucraniano.

    Os Estados Unidos também propõem que observadores internacionais assegurem a segurança dos russos na Crimeia. A Rússia é alvo da sanções da comunidade ocidental e de ameaças desde a anexação da região ao seu território depois de um referendo.

    O chanceler russo Sergueï Labrov disse neste sábado que os pontos de vista da Rússia e dos países ocidentais sobre a crise ucraniana eram similares, o que possibilitaria uma “iniciativa comum”. Ele excluiu qualquer intervenção militar, apesar da mobilização das tropas russas.

    “Meu último encontro com o secretário de Estado americano em Haia e meus contactos na Alemanha, França e outros países mostram que a possibilidade de uma iniciativa comum poderia ser apresentada à Ucrânia”, disse o chefe da diplomacia russa ao canal russo Vesti. “Não temos nenhum interesse em atravessar a fronteira”, declarou.

    Rússia tem mais de 100 mil soldados na fronteira

    O governo ucraniano afirma que mais de 100 mil soldados estão posicionados perto da fronteira do país, e que poderia ser alvo de um ataque a qualquer momento, o que os russos desmentem.

    Para dar início às negociações, o ministro das Relações Exteriores russo pede, em contrapartida, que o trabalho seja “colectivo”, e pediu que os manifestantes que destituíram o presidente Viktor Yanukovitch ponham um fim aos  “excessos” durante os protestos.

    O chanceler russo também sugeriu que a Ucrânia se transforme em uma república federativa, com mais autonomia para as regiões. Segundo ele, trata-se de uma exigência das províncias do sul e do leste. Esta solução poderia amenizar as tensões separatistas e não desagrada outros países, como a França.

    A crise política na Ucrânia teve início no fim do ano passado, quando o governo se recusou assinar um acordo de cooperação com a União Europeia. Desde então, houve violentos confrontos entre a polícia e os manifestantes, que deixou pelo menos 14 mortos e centenas de feridos.

    Candidatos oficializam candidatura às eleições presidenciais

    Neste sábado, os principais partidos de oposição também oficializaram seus candidatos que disputarão as eleições presidenciais no dia 25 de Maio. Além da ex-premie Julia Timoschenko, disputam o pleito o ex-ministro e milionário Petro Prochenko, o nacionalista Oleg Tiagnibok e o líder do movimento paramilitar ultranacionalista Pravy Sektor. O ex-campeão de boxe Vitali Klitschko retirou sua candidatura neste sábado.  (rfi.fr)

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