A chefe do departamento da direcção nacional de desenvolvimento turístico do Ministério da Hotelaria e Turismo, Jacinta Mbondo, defendeu investimento privado no ramo hoteleiro e não só, nas imediações das Quedas de Kalandula, província de Malanje, para que o local se torne num verdadeiro recurso turístico.
“ As quedas de Kalandula constituem uma imponente das segundas maiores quedas de África, depois das Quedas de Vitória Falls, no Zimbabwe, mas se não fizermos nada para que elas sejam exploradas serão apenas um elemento bonito aos nossos olhos”, considerou a responsável.
Jacinta Mbondo, que fez recentemente a apresentação do Plano Director do Turismo e suas Linhas para o Fomento do Ecoturismo, durante o lançamento do Programa de Fomento do Ecoturismo nas Áreas Protegidas de Angola, referiu que as Quedas de Kalandula conforme se apresentam hoje são simplesmente um elemento natural.
Acrescentou que um elemento natural por si só não garante a existência de fluxos turísticos e por sequente, não pode ser considerado recurso do ponto de vista económico.
Para o efeito, defendeu, ser necessário a intervenção do homem e na criação de condições que fomentem o seu desenvolvimento, dai a necessidade da existência de linhas estratégicas para o fomento do ecoturismo, no quadro do Plano Director do Turismo de Angola, tendo em conta o potencial natural para esta prática do turismo.
Além das Quedas de Kalandula, Jacinta Mbondo apontou a bacia hidrográfica do Okavango- Cuando Cubango, a do projecto transfronteiriço Okavango Zambeze (KAZA), o deserto do Namibe, entre outros, como sendo produtos estratégicos para serem explorados.
No seu conjunto foram identificados no país um total de 37 áreas de valor turístico e ecológico, equivalentes a 188.650 quilómetros quadrados ou 15% do território nacional. Desse total 13 são áreas de protecção ambiental: seis (6) parques nacionais, um (1) parque natural regional, duas (2) reservas naturais integrais e quatro (4) reservas parciais.
Estão ainda contabilizadas 18 reservas florestais e diversas coutadas.
Tudo isso, graças à sua localização e extensão territorial, que compreende, no mesmo território, todas as características do continente africano, sendo que a parte norte assemelha-se às florestas tropicais da África Central e o Sul assemelha-se às savanas da África Austral. (ANGOP)