O candidato pelo Partido Institucional-Revolucionário Enrique Peña Nieto obteve vitória nas eleições presidenciais, realizadas a 1 de julho no México, tendo sobrepujado três competidores.
Por exigência de Lopes Obrador, que tinha obtido 7% de votos a menos, o Instituto Eleitoral Federal recalculou os votos e confirmou a vitória de Enrique Peña Nieto.
O Instituto Eleitoral Federal do México confirmou os resultados do sufrágio geral de 1 de julho. O advogado Enrique Peña Nieto, de 45 anos, tornou-se presidente do país. O comentário de Igor Kudrin, que vem a seguir, revela os pormenores da campanha eleitoral concluída.
As atuais eleições distinguiram-se não somente pela luta intensa entre os quatro candidatos conhecidos para o posto de chefe de Estado. Por vezes parecia que a preocupação com os resultados da votação, com a honestidade dos quatro candidatos para a presidência e a vigilância dos órgãos encarregados de controlar o sufrágio tinham abrangido todo o México.
Um traço característico do país na véspera das eleições foi não somente a polemica entre os próprios candidatos, entre os maiores partidos políticos e órgãos de imprensa, mas também concorridas manifestações de protesto por parte dos eleitores, especialmente jovens, que exigiam imediatamente uma certa “revolução pacífica”, cujas divisas estavam escritas nos cartazes e nas camisetas de jovens de ambos os sexos.
Quando a campanha contra o chefe de Estado eleito se extinguiu gradualmente, Henrique Peña Nieto foi proclamado oficialmente, em conformidade com a legislação local, chefe de Estado. Portanto, 50 do total de 80 milhões de mexicanos, que constam nas listas eleitorais, podem descansar. Isto diz respeito tanto ao vencedor, como aos seus competidores vencidos. Aliás, apenas um deles, Andrés Manuel Lopes Obrador, que tinha perdido ao vencedor 7% dos votos, tinha chances reais de concorrer. Quanto a Josefina Vasques Mota, que representa o Partido de Ação Nacional, – atualmente no poder, – esta simplesmente não teve a experiência suficiente de luta. E, finalmente, Gabriel Quadri, da Nova Aliança, obteve os votos de apenas dois de cada cem eleitores.
Existem outros aspectos que interessam hoje as pessoas muito mais: como o novo presidente vai se portar no famoso palácio, quê política ele vai levar a cabo e de que maneira ela vai refletir-se no dia-a-dia da população. Enrique Peña Nieto continua a falar disso até hoje nas praças e ruas da capital e por intermédio de rádio e televisão. Queiram ouvir uma das suas intervenções.
Enrique Peña Nieto fala de numerosas manifestações de rua nas cidades mexicanas, em que a juventude revela uma atividade especial, apresentando, por vezes, exigências mal ponderadas. No entanto, os políticos devem suportar esta inexperiência a fim de conhecer detalhadamente os interesses dos jovens e atuar de uma maneira precisa e ponderada. Por enquanto, há tempo para adquirir a experiência política e jurídica, – pelo menos no decurso de um evento tão importante, como o sufrágio universal.
As pessoas maduras exigiam aos candidatos, em primeiro lugar, ao pretendente principal ao mais alto cargo estatal, êxitos no desenvolvimento da economia nacional e na elevação do nível de vida da população. Votos idênticos foram formulados um pouco mais tarde nas mensagens de felicitação que Peña Nieto recebeu de dezenas de colegas de diversos Estados do mundo. Entre os primeiros a exprimir estes sentimentos foram os seus colegas dos EUA e da Rússia – Barack Obama e Vladimir Putin.
A lei mexicana prescreve que o nome do novo presidente deve ser anunciado dois meses mais tarde, isto é, no dia 6 de setembro. Esta precaução será necessária no caso de repetição dos protestos em massa na mesma escala que antes das eleições ou no caso de surgimento até o dia 23 de agosto de protestos sólidos e comprovados contra o desenrolar da votação e contra as ações dos candidatos. Alguns colegas agouram o crescimento de protestos contra o novo presidente, acusando o seu partido do suborno do eleitorado. Mas é pouco provável que estas ações se repitam na mesma envergadura. Na opinião de Enrique Peña Nieto o México deve levar uma vida nova, muito melhor do que até julho deste ano.
Fonte: VR
