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    Enfermeiros podem paralisar actividades este mês em Luanda

    O Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda ponde desencadear, ainda este mês, uma greve a nível da capital, caso o Gabinete Provincial de Saúde não responda, favoravelmente, os pontos discriminados no caderno reivindicativo apresentado no dia 28 de Dezembro último.

    O secretário -geral do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, António Afonso Kileba, disse, nesta quinta-feira, ao Jornal de Angola que os pontos mais candentes estão relacionados com a falta de material de biossegurança nas unidades sanitárias, abastecimento de material gastável e medicamentos.

    António Afonso Kileba explicou que, por conta dessa situação, muitos profissionais são agredidos pelos pacientes e seus familiares, alegando que os técnicos não os querem atender, quando, na verdade, as farmácias dos hospitais de nível primário não dispõem de material gastável e, muitos vezes, até a medicação para o Banco de Urgência.

    Nos últimos tempos, prosseguiu, quando um paciente se dirige a estas unidades de saúde, os enfermeiros em serviços encaminha-os às farmácias para comprar material gastável, pois ao contrário torna-se difícil prestar assistência médica.

    O sindicalista disse que, por conta esta razão, uma enfermeira foi detida por agentes da Policia Nacional, quando pediu ao paciente para comprar luvas, para depois ser assistido clinicamente, uma vez que o hospital não dispunha do mesmo material.

    No hospital do Capalanca, em Viana, o técnico de enfermagem foi agredido pelo familiar do paciente, por falta de material gastável na referida unidade sanitária. De acordo com António Kileba, todos estes casos impossibilitam os técnicos e não só de exercerem o seu papel convenientemente.

    “Se pretendemos combater a pandemia da Covid-19 é importante que se criem as condições, sob pena de os técnicos de enfermagem correrem o risco de serem contaminados.

    Director rejeita reunir com Sindicato

    António Kileba salientou que, por conta destas e outras situações, têm solicitado encontros com o director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Varela, no sentido de abordar o assunto em conjunto. “Infelizmente, o responsável, que assumiu a pasta da direcção da Saúde há seis meses, recusa-se a dialogar com os membros do sindicato, sem qualquer justificação plausível, o que tem provocado uma onda de insatisfação no seio da classe de enfermeiros”, precisou.

    Sublinhou que face à os constrangimentos, decidiu-se enviar o caderno reivindicativo à Delegação Provincial da Saúde, com conhecimento do Governo da Província de Luanda e do Ministério da Saúde para, num espaço de 21 dias, com forme a lei, para resolução do problema.

    “Vamos aguardar até ao dia 23 deste mês e se não houver resposta favorável iremos convocar uma assembleia para decidirmos avançar ou não para uma greve”, alertou o sindicalista. Contactado pelo Jornal de Angola, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Varela pediu calma e disse que está a trabalhar num relatório para remeter ao Governo da provincial de Luanda e só depois haverá um encontro com o Sindicato dos Técnicos de enfermagem.

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