O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, defendeu quinta-feira, em Lisboa, o reforço da cooperação parlamentar com Portugal, fruto do novo contexto político que se vive em Angola, baseado nas últimas eleições gerais de 2012.
Em declarações à imprensa no final de um encontro de cortesia concedido pela presidente da Assembleia Portuguesa, Assunção Esteves, Marcos Barrica destacou a necessidade de renovação do acordo de cooperação parlamentar entre os dois países, sobretudo nos domínios administrativo e legislativo.
“Há, hoje, uma correcção entre os dois parlamentos baseada em protocolos de cooperação assinados no passado e que precisam de ser renovados e actualizados para ir de encontro a nova realidade dos nossos países”, disse Marcos Barrica, salientando que “Angola tem uma Constituição da República e nos termos desta lei magna foram eleitos novos órgãos de soberania, designadamente o Presidente da República e os deputados à Assembleia Nacional”.
Referindo que “os Parlamentos são os baluartes da democracia”, Marcos Barrica advogou a revitalização e dinamização das equipas de trabalho dos parlamentos dos dois países, destacando a importância do Grupo Parlamentar de Amizade Angola/Portugal.
Durante a reunião, em que o embaixador angolano esteve acompanhado do ministro conselheiro, João Fortes, e do conselheiro de imprensa, Estêvão Alberto, a presidente da Assembleia Nacional Portuguesa abordou ainda a necessidade do reforço parlamentar no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Neste aspecto, Assunção Esteves defendeu ser imperioso a criação de “sinergias da cooperação” e “aproveitarmos o factor língua e a
história comum que partilhamos”.
“A relação dos Estados é muito importante: temos de ter uma política de maior solidariedade intra-CPLP”, disse, citando ser “preciso não abandonar a Guiné-Bissau por ser um país amigo e irmão que teve um papel importante nas lutas de libertação dos povos africanos”.
Quanto aos processos de democratização nos países da CPLP, a líder parlamentar portuguesa apelou para que “os Estados-membros não tenham medo da democracia nos parlamentos”.
(portalangop.co.ao)