Um tribunal condenou domingo prisão perpétua dois homens ligados ao grupo Estado Islâmico (EI) pela sua implicação num ataque que feriu três turistas no hotel no mar Vermelho, indicou uma fonte judiciária.
Os dois homens estavam armados com facas e entraram em Janeiro deste ano no restaurante do hotel Bella Vista em Hourghada, ferindo um casal australiano e um cidadão sueco.
Durante o ataque não reivindicado até aqui, a polícia abateu um dos assaltantes (Mohamed Hassan Mohamed Mahfouz) e feriu um outro (Mohamed Magdy Aboul Kheir).
O assalto tinha sido preparado pelos dois assaltantes bem como por Ahmad Abdel Salam Mansour, identificado como um jihadista egípcio do grupo Estado Islâmico, baseado na Síria, indicou o procurador da república.
Segundo um responsável do tribunal que preferiu o anonimato, Aboul Kheir estava presente no momento do veredicto enquanto Mansour foi condenado à revelia.
Esse último tinha incitado os dois homens a levar acabo o ataque contra os turistas em Hourghada e a juntar-se à fileiras do EI, precisou o procurador.
Depois do derrube pelo Exército de 2013 do presidente islamista eleito, Mohamed Morsi e a repressão que se seguiu contra os seus apoiantes, os grupos extremistas, um dos quais o braço egípcio do EI, multiplicaram ataques contra a polícia e soldados egípcios, principalmente na península do Sinai.
Os jihadistas do EI reivindicaram ataques contra outros alvos, um dos quais, o ataque suicida numa igreja do Cairo que matou 27 pessoas em Dezembro de 2015 e ainda um atentado a bomba a um avião em Outubro de 2015 que custou a vida a 224 turistas russos.
O avião tinha descolado da estação balnear de Charm el-Cheikh. (Angop)