A emergência de algumas economias no continente africano, como Angola, é um sinal de esperança para o mundo actual, pois permite manter oportunidades para o investimento estrangeiro e para a aplicação de capitais que a crise internacional tem limitado fortemente noutras zonas do globo, considerou, em Tóquio, o ministro dos Transportes.
Augusto Tomás, que falava no seminário sobre Investimentos para o Desenvolvimento das Infra-Estruturas nos Países da África Austral, disse que no seio das principias organizações internacionais, como a SADC, há uma clara consciência de que o futuro comum se joga muito no sucesso das opções estratégicas e nas políticas definidas para os sectores produtivo, social e das infra-estruturas.
“No continente e na SADC, estamos comprometidos com os Objectivos do Milénio, pela sua particular importância na erradicação da pobreza extrema e da fome, redução da mortalidade nas crianças, garantia da sustentabilidade ambiental e o combate ao VIH/SIDA, malária e a outras doenças endémicas”, frisou Augusto Tomás.
No seminário de Tóquio, os participantes analisam a possibilidade do investimento japonês na SADC no sector das infra-estruturas.
O investimento está avaliado em quatro mil milhões de dólares, num mercado consumidor de mais de 230 milhões de pessoas. O ministro dos Transportes afirmou que com financiamentos em investimentos nas infra-estruturas, os países da SADC têm agora mais um reforço e os meios para prosseguirem as iniciativas de desenvolvimento, de paz e de progresso para toda a região austral do continente africano.
“Nesta hora, creio ser da mais elementar justiça agradecer a disponibilidade das entidades financiadoras e investidoras aqui representadas, dos seus principais responsáveis e do governo nipónico, pela compreensão e pela leitura positiva que fizeram do contributo que esta iniciativa pode ter, no processo de desenvolvimento desta comunidade e na concretização dos objectivos de coesão territorial, económica e social, que estão subjacentes ao espírito que tem animado os nossos países de prosseguir uma orientação apostada na eficiência, na competitividade, na internacionalização das nossas economias e na dignidade da pessoa humana”, disse Augusto Tomás.
Participam no fórum altos responsáveis do secretariado executivo da SADC, representantes das organizações económicas regionais, embaixadores da SADC acreditados no Japão e membros do Governo nipónico. Integram a delegação angolana ao seminário sobre Investimentos para o Desenvolvimento das Infra-Estruturas nos Países da África Austral o secretário executivo adjunto da SADC, João Samuel Caholo, a presidente da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), Maria Luísa Abrantes, e responsáveis dos ministérios dos Transportes, das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e da Energia e Águas.
Fonte: JA