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    Dumilde estaria a escrever o seu livro de “memórias”

    Joaquim Grilo, amigo do malogrado, contou a OpAÍS, à margem da cerimónia de homenagem, que a última vez que falou com ele, este informou-lhe que estaria a escrever as suas memórias para publicá-las numa obra literária

    Governantes, políticos, académicos, autoridades tradicionais e religiosas e demais convidados prestaram homenagem ao antigo governador provincial de Benguela, que morreu em Portugal, vítima de doença A cerimónia, que decorreu no palácio, foi promovida pelo Governo Provincial de Benguela e visou destacar os feitos do antigo dirigente em prol da província. A ocasião foi aproveitada para determinadas entidades, que durante anos privaram com o antigo dirigente, expressaram o sentimento de pesar face ao infausto acontecimento.

    O deputado à Assembleia Nacional Veríssimo Sapalo considera uma perda irreparável, tendo destacado a integridade que caracterizava Dumilde das Chagas Simões Rangel. Bastante sensibilizado com o sucedido, Veríssimo Sapalo, que também trabalhou com Dumilde, limitou-se a dizer que tinha que se aceitar a dialéctica da vida, destacando algumas qualidades: “foi um homem respeitador, corajoso, um homem que sabia o que devia fazer no dia seguinte”.

    Por sua vez, o contador de histórias Joaquim Grilo, amigo do malogrado, disse que a última vez que falaram, este informou-lhe que estaria a compor as suas memórias para publicá-las numa obra literária. “Fiz (para ele) um trabalho de memórias, porque ele estava a escrever um livro sobre a vida dele”. Petiz, como era tratado carinhosamente pelos seus, é lembrado como tendo sido uma pessoa com carácter humano fora de “serie”, segundo destaca Joaquim Grilo, o seu amigo de infância.

    Já Agostinho Estêvão Felizardo, que foi vice-governador para o sector Económico no Executivo de Dumilde Rangel, enaltece o facto de o antigo governante ter acreditado nele a ponto de o convidar para contribuir na edificação da província de Benguela como seu vice.

    “Em determinado momento, também acreditou em nós, deu-nos um espaço e permitiu-nos que, a seu lado, depositássemos também contributos para esta pátria e para esta província, em particular”, declara o actual PCA do Porto Comercial do Lobito, que diz ter guardado boas recordações e ensinamentos do homem que mais tempo ficou à frente dos destinos de Benguela.

    Segundo fontes, Dumilde Rangel foi o governante que mais contribuiu para o enriquecimento de muitos antigos governantes, mas, quando foi exonerado do cargo de governador, muitos dos homens que andaram à sua volta viraram- lhe as costas.

    “Muitos indivíduos em Benguela, entre empresários e antigos governantes, se têm o que têm é graças ao camarada Dumilde, mas só que muitos não sabem reconhecer”, considera um alto funcionário.

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