Os fiéis católicos foram exortados à renovação da fé e incessante luta contra o mal, numa missa de acolhimento orientada hoje, Sábado, pelo bispo dom Anastácio Canhango, em alusão aos 75 anos da peregrinação jubilar da Arquidiocese de Luanda e em aos 40 anos da independência de Angola.
Dom Anastácio Canhango, que presidiu a celebração sob lema “Fica connosco, Senhor”, referiu que os agradecimentos dos crentes a padroeira “Mama Muxima” devem transformar-se em dois compromissos, sendo a obediência e abstinência.
Disse que os actos de fé devem basear-se no cumprimento dos preceitos orientados, segundo a vontade de Deus, e não nos desejos e vontade do mundo.
“Fazei tudo que Ele te disser”. Existe hoje, entre as famílias de Luanda, uma espécie de resistência espiritual, cada um quer fazer a sua vontade”, lamentou, referindo que há actualmente uma espécie indisciplina espiritual que acarreta consequências desastrosas nas nossas famílias.
“Se perguntarem o comportamento actual da família, em comparação ao antigamente, dirão que não era assim, mas o mal também existia. Porém, nos dias de hoje, a violência está muito acentuada nas famílias”, disse.
Neste sentido apelou as famílias de Luanda, aos cristãos e fiéis a viverem com base no amor ao próximo, para valorizar a vida, os valores familiares, sociais e da matriz cultural angolana.
Por outro lado, sublinhou que a efeméride de peregrinação continua a ganhar elevada importância, na medida em que se regista um aumento significativo de peregrinos provenientes de todas as paróquias de Luanda.
Localizada na província de Luanda, a vila de Muxima – que em português significa “coração” – foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, 10 anos depois, ali construíram uma fortaleza e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como “Mamã Muxima”. (portalangop.co.ao)