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    Direcção da EPAL aberta à negociação, mas mantém posição

    Angop

    A direcção da Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL) continua aberta à negociação com a comissão sindical afecta à Central Geral Sindicatos Independentes de Angola (CGSILA), que declarou há sete dias uma greve por tempo indeterminado.

    A greve por tempo indeterminado não conta com a adesão de funcionários da EPAL filiados à União Nacional dos Trabalhadores de Angola (UNTA-CS).

    Em causa estão divergências sobre os pontos do caderno reivindicativo apresentado à entidade empregadora, em Janeiro último, que não satisfazem as exigências de melhoria de condições de trabalho e de um aumento salarial imediato na ordem de 200 por cento, reclamado pelo núcleo sindical da CGSILA.

    A esse respeito, o director dos  Recursos Humanos da EPAL, Domingos Januário, disse nesta segunda-feira à Angop que a empresa mantém a sua posição de reajustar o salário apenas em 36 por cento, conforme acordado com o núcleo sindical afecto à UNTA.

    “A posição da empresa é a mesma relativa às propostas apresentadas durante o período de negociações. Se a comissão do CGCILA achar que pode ter em consideração aquilo que propusemos, estamos disponível  para  negociar”, disse o director.

    “Neste momento não há condições para fazer aumento de 200% sobre o  salário  base e de 100% para subsídios de alimentação e  transporte. O que estamos a fazer é repor  aquilo que  deveria ser processado, como subsídios de alimentação, transporte e  poluição sonora”, esclareceu.

    Explicou que subsídio de transporte e alimentação é equivalente no total de 44 mil  kwanzas, enquanto o de poluição sonora (para trabalhadores das estações de tratamento e centro de distribuição) e sete por cento do salário base.

    Entretanto, os trabalhadores em greve ponderam a retirada dos serviços mínimos, que passam pela distribuição da água por um período de cinco horas/dia, por não chegarem até agora a acordo com a entidade patronal.

    O primeiro secretário da comissão sindical dos trabalhadores da EPAL, afectos à CGSILA, António Martins, afirmou hoje à Angop que o levantamento da grave, que já dura uma semana, está a depender da vontade da entidade patronal.

    António  Martins referiu não  existir  vontade  da  direcção  em  resolver os problemas básicos dos trabalhadores, como o seguro de saúde para todos os trabalhadores e membros do seu agregado familiar, pagamento do décimo quarto salário (equivalente  a um  salário base), promoção dos  trabalhadores  em três  categorias,  simultâneas.

    Nas estações de  tratamento  e  centros  de  distribuição, os  grupos de  trabalho  foram  reduzidos  de cinco  para  dois,  com vista  a garantir os serviços mínimos.

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