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    Desde Janeiro: TAAG corta entre 20 e 100% nos subsídios

    Companhia estatal justifica redução nos ordenados com a pressão sobre as receitas, face ao “difícil” contexto económico imposto pela pandemia. TAAG está a fazer apenas dois a três voos domésticos por semana, um regional e outro internacional.

    A transportadora aérea de bandeira cortou 20% em vários subsídios dos trabalhadores no activo, incluindo os de alimentação, de turno e de risco, ao passo que os colaboradores que se encontram em casa viram esses benefícios retirados a 100%.

    Fontes ligadas à TAAG disseram ao VALOR que a medida vigora desde Janeiro deste ano e foi justificada pela administração da empresa com o contexto de restrições financeiras, agravado pela pandemia.

    No entanto, aquando da comunicação da decisão, através de uma circular interna, a administração da empresa garantiu que os cortes não ultrapassariam o mês de Março.

    “Entretanto, o Abril também já foi pago e os cortes mantêm-se. Mais do que isso, não se sabe por quanto tempo mais vão durar”, explica uma fonte.

    Contactado, o porta-voz da companhia, Carlos Vicente, refere que a diminuição dos subsídios abrange todos os trabalhadores do topo à base, acrescentando ser “injusto” manter subsídios de transporte, alimentação e de risco para quem está em casa. “Desde o início da pandemia que a Taag está com muitas dificuldades de tesouraria. As receitas são baixíssimas. Por isso, para manter os salários, era preciso fazer essa engenharia de cortes num horizonte inicial de três meses.

    Ocorre, porém, que não houve alteração e há o agravamento da pandemia.

    Por isso, o corte mantém-se por mais três meses”, afirma. “Se a empresa não tem dinheiro, como é que pode operar e honrar compromissos?”, questiona, referindo que “o próprio conselho de administração também não foi poupado”.

    Lembrando que “a TAAG em nenhum momento deixou de pagar os salários”, Carlos Vicente nota ainda que estes subsídios reclamados pelos trabalhadores não estão previstos na lei, apelando para que os mesmos [trabalhadores] compreendam.

    “É preciso que os trabalhadores entendam o momento atípico que o país vive. Estamos a fazer, por semana, dois a três voos para as províncias. Um voo regional às quartas-feiras, para Joanesburgo, e outro para Lisboa. Portanto, não estamos a voar em pleno e, por isso, não temos receitas mas, em contrapartida, temos despesas operacionais, incluindo de parqueamento das aeronaves. Sou director e tive o corte de 20%”, exemplificou Carlos Vicente, insistindo que “seria uma injustiça pagar subsídios a quem não está na labuta”.

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