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    Cuando Cubango: Operação do Tumpo resulta de acções sul-africanas desde 1975 – General José Maria

    A operação Triângulo Tumpo, do Cuito Cuanavale, província do Cuando Cubango, enquadra-se num conjunto de agressões feitas pelos sul-africanos desde 1975 até 1988, em apoio às então forças militares da Unita, afirmou hoje, sábado, na província do Cuando Cubango, o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general António José Maria.

    Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general António José Maria (Foto: António Escrivão)
    Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general António José Maria (Foto: António Escrivão)

    A 23 de Março de 1988, no triangulo do Tumpo, as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (Ex-FAPLA) venceram o exército sul-africano, colocando, deste modo, fim à guerra do Cuito Cuanavale.

    Intervindo na conferência internacional sobre a batalha do Cuito Cuanavale, o general frisou que passados 26 anos, a verdade sobre a derrota sul-africana continua a ser omitida e, o mais grave, narram-se versões que não condizem com a realidade dos factos, dando protagonismo da vitória a outros.
    “Foram os angolanos que suportaram o verdadeiro peso da guerra. A terra é nossa e nós tínhamos de defendê-la”, realçou o general, indicando que compete aos nacionais a defesa da soberania e da integridade do território angolano.

    Na sua intervenção, realçou que as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola foram dirigidas por um comando próprio, liderada pelo Comandante-Em-Chefe, José Eduardo dos Santos”.

    A propósito, recomendou a abertura dos arquivos sobre o apartheid, sem restrições ou censuras, para que a verdade sobre a batalha do Cuito Canavale seja conhecida internacionalmente. “Nós não ocultamos nada. No tempo certo e oportuno, desvendamos os factos”, realçou.

    O chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar falou também do papel dos Presidentes António Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos no âmbito dos compromissos internacionais, relativamente à defesa de países como a Namíbia, Zimbabue e África do Sul.

    “Aquando da sua tomada de posse, o Presidente José Eduardo dos Santos reiterou que Angola não renuncia o seu compromisso internacional e vai garantir a sua ajuda a todos os países e povos que estão a lutar pela sua libertação do racismo, imperialismo e do apartheid”, enfatizou.
    A conferência debruça-se sobre as operações antes da batalha, suas causas, a importância do rio Cuito como linha de demarcação da frente sudeste e sudoeste e do dispositivo combativo das tropas.
    O desenvolvimento das acções combativas e o desfecho do confronto, assim como as repercurssões da derrota sul-africana para a região austral de África serão também aflorados no evento que congrega membros do Executivo, do governo provincial, oficiais superiores e subalternos das Forças Armadas Angolanas (FAA), assim como convidados nacionais e estrangeiros.

    A conferência é dedicada ao 26º aniversário da batalha do Cuito Cuanavale, a ser assinalado domingo, 23. (portalangop.co.ao)

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