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    Crise? Outra vez? 
Será o fim ou 
o início?

    Protestos em Atenas contra a aprovação do pacote de austeridade que aumentou os impostos e cortou os gastos públicos

    Em tempos de incerteza na economia mundial, os especialistas avançam com as previsões mais díspares e esgrimem um enorme manancial de estatísticas e cenários. Para alguns, estamos às portas do inferno; para outros, a economia vive apenas um ciclo descendente e rapidamente voltará aos carris.
    Incompreensão grega: Protestos em Atenas contra a aprovação do pacote de austeridade que aumentou os impostos e cortou os gastos públicos

    Muitas vezes esta profusão de opiniões, em regra catastróficas, em nada contribui para se encontrar o rumo certo. É nessas alturas que o conhecimento e a experiência de algumas mentes privilegiadas podem ajudar a separar o essencial do irrelevante sobre o que realmente pode mudar na economia mundial. A EXAME entrevistou nos últimos dias alguns dos mais influentes economistas e analistas financeiros da actualidade. Nessa lista figuram nomes como o economista americano Jeffrey Sachs, talvez a personalidade mais pop da elite académica mundial, Barry Eichengreen, um dos mais respeitados analistas em assuntos cambiais, e o investidor Jim Rogers.

    Nas páginas que se seguem, eles falam dos cenários associados à crise na Europa, o epicentro da turbulência actual, explicam como a economia americana pode reagir à letargia e quais os impactos mais prováveis no crescimento dos países emergentes. No final, os especialistas convergem para duas opiniões em comum. Na Europa e nos Estados Unidos, ainda há tempo para se encontrar uma solução que afaste o mundo do caos. E se isso acontecer os restantes países poderão respirar de alívio e concentrar-se nos seus próprios problemas. Que também não são poucos. Mas foram ofuscados pela situação dramática que se vive entre os países mais desenvolvidos.

     

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    Uma crise, dois finais possíveis

     

    De acordo com a maioria dos analistas, a crise nos países desenvolvidos pode seguir dois rumos distintos. Tudo depende do que ocorrer nas próximas semanas na Grécia — o epicentro da instabilidade na Europa. Quanto mais tempo demorar a solução, maiores as probabilidades de um cenário pessimista se concretizar

    europa

     

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    Jim O’Neill, economista-chefe do banco americano Goldman Sachs e criador do acrónimo BRIC

    Uma das menores economias da União Europeia, a Grécia está no centro de todos os cenários que apostam na disseminação mundial da crise. Com um endividamento de 340 biliões de euros, o país tem estado a viver no limiar da insolvência — e a única forma de evitar um calote é através de um acordo dos países mais ricos do continente (algo que, até o fecho desta edição, ainda não era uma certeza). Para analistas como Bob Doll, Jim O’Neill, Barry Einchengreen, Jeffrey Sachs e Lupin Rahman, o mais provável é a ocorrência de uma saída organizada da Grécia da zona euro. A decisão tem custos políticos elevados em países como a Alemanha, mas não há um outro caminho para os líderes europeus senão o de fazerem frente à insatisfação dos seus eleitores e serem mais audazes na construção de uma saída. A própria Alemanha não tem outra escolha, senão irá pôr em risco 50 anos de investimento na construção da União Europeia.

     

    Qual é o futuro da Grécia e de outros países com problemas nas dívidas soberanas?

    Bob Doll — O que está claro é que a Grécia não tem liquidez para pagar as suas contas. E o mundo todo está consciente disso. Certamente haverá um calote. A questão é se isso se dará como uma reestruturação organizada ou caótica. A saída organizada está a ser planeada pelas autoridades europeias, que já tentam encontrar a melhor forma de transição. Nesse caso, injectariam recursos para manter a liquidez no sistema financeiro e gerir essa saída. No cenário mais caótico, as autoridades saem de cena e o calote é oficializado. Nesse caso, os bancos precisarão de ser capitalizados ou até mesmo nacionalizados. Creio que há uma probabilidade alta de ocorrer a solução organizada. Os problemas na Grécia são bem mais severos do que os da Espanha, da Itália e de Portugal. Esses três países têm muitos activos que poderiam ser vendidos e cobrir parte dos seus endividamentos. Isso não significa que o episódio grego não vai contaminar os outros. Por isso é preciso adoptar uma solução organizada. Uma das coisas que o Banco Central Europeu (BCE) poderia fazer era comprar títulos de dívida dos países com problemas. O BCE também poderia garantir os depósitos dos bancos para evitar que haja uma corrida aos levantamentos. Há várias maneiras de lidar com este problema, mas nenhuma delas é politicamente fácil de gerir.

    No caso de um calote na Grécia, existe o risco de uma nova crise financeira global?

     

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    Jim Rogers, o investidor americano foi sócio de George Soros e cofundador do lendário fundo Quantum

    Jim O’Neill — Sim, existe o risco de colapso do sistema financeiro. Potencialmente, pode ser tão severo como em 2008, durante a crise do banco Lehman Brothers. As consequências para a economia global seriam dramáticas. O pior é que todos estão a discutir a Grécia, mas a Itália também está numa situa- ção precária. Nesse sentido, um calote da Grécia conduziria outros países para uma situação igualmente grave, na qual teríamos um colapso no sistema bancário europeu. O contágio com outros mercados financeiros seria imediato. É por isso que o mundo precisar de forçar a Europa a salvar o sistema bancário da zona euro. Todos os países europeus têm de concordar com um plano de longo prazo para a política fiscal e com a emissão de títulos em euros, os chamados eurobonds. O problema é que essas decisões passam pela Alemanha, cuja situação política é frágil — o que impede que a chanceler Angela Merkel tome medidas mais audaciosas. Para resolver o impasse, precisaria de haver uma mudança de fundo na organização política europeia.

     

    A zona do euro pode desmoronar com a saída de Grécia ou mesmo da Alemanha?

     

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    Barry Eichengreen, professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley, ex-assessor do FMI e um dos maiores especialistas em crises cambiais

    Barry Eichengreen — Os últimos anos mostraram que quase tudo pode acontecer nos mercados financeiros. Mas acho que o fim da zona euro será evitado porque era algo catastrófico e sairia muito mais caro do que uma operação de resgate da Grécia, Portugal ou Espanha. A Grécia não deve abandonar o euro, uma vez que isso traria ainda mais problemas do que soluções. Ao reestruturar a sua dívida, a Grécia terá mais um ano de recessão, mas voltará a crescer. Também é improvável que a Alemanha abandone a moeda única. Nos últimos dez anos, a economia alemã cresceu porque as exportações aumentaram. Se abandonasse o euro, a Alemanha teria de criar um novo marco, que forçosamente nasceria supervalorizado. Assim, as exportações alemãs entrariam em colapso, os investimentos congelariam e a economia do país entraria em recessão. Além disso, a Alemanha investiu 50 anos para construir a União Europeia. E o bloco não resistiria a um cenário em que os alemães abandonassem unilateralmente o projecto da moeda comum.

     

    Os governantes europeus parecem não conseguir chegar a um acordo. Até que ponto está hoje em risco o projecto da União Europeia?

    Jeffrey Sachs — Existe, claramente, uma perda de vontade política em relação ao projecto comum da União Europeia. Considero isso um erro gravíssimo, porque enfraquece os esforços para a busca de uma solução conjunta. A União Europeia é um bloco que une 27 Estados-membros. Mas cada país está orientado para cuidar apenas da sua política doméstica. Nesta equação, entram interesses eleitorais e económicos completamente diferentes. Isso significa que um representante da Finlândia, por exemplo, é capaz de bloquear qualquer alternativa que possa ferir os seus eleitores domésticos. Mas acho improvável que os países optem por voltar aos dias em que cada um geria o seu destino e a União Europeia não existia. São mínimas as probabilidades de o euro implodir ou a União Europeia se dissolver. Isso só aconteceria num improvável cenário de falha completa do processo político.

    Se o cenário europeu se agravar, de que modo é que as empresas, sobretudo as dos países emergentes, serão afectadas?

    Lupin Rahman — Há três formas de contágio para os mercados emergentes. A primeira, é o aumento da aversão dos investidores ao risco — isso ocorreu em Setembro e levou à saída de estrangeiros, o que desvalorizou as moedas e aumentou o custo de financiamento das empresas no exterior. Os preços das commodities (matérias-primas) são o segundo forte canal de contaminação. A terceira é a desaceleração do PIB mundial, que pode prejudicar os fundamentos económicos dos países emergentes e, com isso, os resultados das suas empresas. Como o cenário europeu é incerto, a volatilidade deve continuar. Mas o cenário de médio prazo para os países emergentes é positivo. Essas nações estão hoje muito melhor do que em 2008. Houve um aumento das reservas, e as economias internas são fortes graças ao aumento contínuo do consumo doméstico.
    Em busca de uma solução: Yorgos Papandréu, primeiro -ministro da Grécia, e Angela Merkel, chanceler alemã, negociam uma saída para evitar o caos

     

     

    Estados Unidos

     

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    Jeffrey Sachs, director do Earth Institute, da Universidade Columbia, onde também lecciona. É conselheiro da ONU, do FMI e do Banco Mundial

    A crise na Europa piorou a situação da economia americana, já abatida pela explosão do endividamento público e privado que esteve no epicentro da crise de 2008. A maior economia do mundo escorrega com as tentativas até agora frustradas de estimular o investimento, recuperar a competitividade e gerar mais postos de trabalho. O desemprego cada vez mais elevado entre jovens é visto como um dos piores problemas sociais, porque compromete o futuro. Mas, como lembra o economista José Alexandre Scheinkman, mesmo com a confiança abalada, a capacidade americana de inovação é capaz de surpreender.

    O que correu mal na economia americana?

    Jim Rogers — Os Estados Unidos enfrentam uma recessão a cada período de quatro a seis anos. É assim desde que eu era jovem — e hoje eu tenho 68 anos. Só que agora os gastos e o endividamento são bem maiores. Isso significa que a situação ficará muito pior para os Estados Unidos e para a economia mundial nos próximos dois anos. Esta crise será pior do que a de 2008, porque os Estados Unidos já usaram todas as suas armas. A verdade é que os americanos cometeram erros de mais nos últimos 50 anos, começando com a Guerra do Vietname. Desde então, os Estados Unidos passaram de um grande credor para o maior devedor mundial. E não dá para acordar um dia, dizer que agora tudo será resolvido e achar que os problemas desapareceram. É preciso assumir os erros — e também assumir as dívidas. O que normalmente ocorre em recessões é que os débitos são liquidados e as pessoas perdem dinheiro. Mas, até agora, ninguém teve uma grande perda. Houve uma imensa transferência de dívida privada para o sector público. É por isso que o endividamento do governo americano explodiu. Aumentámos o

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    Peter Schwartz, analista e sócio da consultora Monitor Group, uma das maiores do mundo na área da competitividade

    endividamento e recusámos-nos a deixar as pessoas e as instituições quebrarem ou irem à falência. E agora é preciso liquidar parte dessa dívida. Os Estados Unidos não podem continuar a aumentar o seu endividamento sem que isso os leve a um novo desastre. Os japoneses passaram por isso nos anos 90 e ainda hoje pagam por isso. O Japão perdeu uma década — e depois perdeu mais outra! Se os Estados Unidos continuarem a repetir a mesma receita, também terão uma ou duas décadas perdidas.

    Os planos de corte de gastos públicos, de criação de empregos e de mudança de perfil da dívida americana vão ajudar os Estados Unidos a voltar a crescer?

    Jeffrey Sachs — O governo persegue a estratégia errada com os estímulos de curto prazo, que não são adequados aos verdadeiros desafios nos Estados Unidos. A economia americana já não responde a esse tipo de medidas, que não ajudam a recompor a confiança, os investimentos ou o consumo. A Reserva Federal, banco central dos Estados Unidos, até pode intervir na liquidez dos mercados, mas não consegue resolver nenhum dos impasses em debate no Congresso devido às eleições de 2012. No caso da operação twist (troca de títulos do governo por obrigações de prazo curto que visam baixar os juros), a reacção foi negativa. Dias depois do anúncio, a Bolsa americana caiu 6%. Também não creio que a criação de empregos de péssima qualidade seja desejável. Eu realmente não entendo a estratégia do governo Obama de tentar revigorar as aquisições no mercado imobiliário, quando os consumidores estão endividados e precisam de poupar mais. Acabámos de presenciar o rebentar de

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    Lupin Rahaman, vice-presidente da Pimco, uma das maiores gestoras de activos do mundo com 1,3 biliões de dólares de património

    uma bolha imobiliária e não vejo como isso seria rapidamente debelado. É por isso que os programas de estímulo costumam falhar. Os investimentos de longo prazo e a capacidade de exportar produtos que geram o aumento da competitividade e da produtividade é que precisam de ser estimulados. Mas nós não temos feito isso.

    Quais as consequências de um desemprego alto persistir por muito tempo nos Estados Unidos?

    Barry Eichengreen — Se tivermos sorte, os Estados Unidos crescerão 1,5% em 2011, uma taxa muito baixa. Ou seja, o desemprego continuará alto, o que é péssimo politicamente, assim como para o futuro da economia. Se os jovens ficarem desempregados por muito tempo, passarão a lutar apenas pelos empregos que pagam pouco. O cenário pode ser de empregos temporários, aqueles sem nenhum tipo de formação. Portanto, eles serão menos produtivos. E rendimentos mais baixos ao longo da vida dos trabalhadores promoveriam uma ainda maior desigualdade de rendimentos no país.

    Os americanos correm o sério risco de entrar numa nova recessão (double deep)?

    José Alexandre Scheinkman — Os Estados Unidos passaram por uma crise bancária séria. Mesmo no melhor cenário político possível, a economia americana cresceria naturalmente pouco depois dessa crise. Somam-se a isso as profundas divergências entre democratas e republicanos, que tornam todo o processo decisório em relação às medidas que devem ser tomadas muito mais complicado. Ou seja, o quadro é tudo menos positivo. Mas, mesmo com todas essas dificuldades, há ainda sectores da economia americana que continuam a crescer principalmente na área tecnológica, ainda que o sistema financeiro esteja cambaleante. Não é que eu esteja optimista. Mas é bom lembrar que nos podemos surpreender com a capacidade de inovação americana.

    Feira de emprego nos Estados Unidos: O cenário de crescimento fraco tende a manter o desemprego em alta na maior economia do mundo

     

     

    EMERGENTES
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    Bob Doll, vice-presidente da BlackRock, maior gestora de acções do mundo, administra activos no valor de 3,6 biliões de dólares

    Se na última crise mundial os países emergentes como a China, Brasil, Índia e Rússia enfrentaram bem as intempéries dos mercados financeiros, o mundo ainda não está certo se agora conseguirão repetir a proeza. Hoje, os países emergentes também têm os seus próprios problemas para resolver. E não são poucos. Economias aquecidas, bolhas imobiliárias e inflação em alta são os principais desafios desses mercados em desenvolvimento.

     

    A crise que se instalou na Europa e uma nova recessão nos Estados Unidos podem afectar a economia da China e dos outros países emergentes?

    Jim O’Neill — O maior problema da China não é a Europa nem a Grécia, mas, sim, a inflação. Os chineses precisam de garantir que a inflação ficará sob controlo, em mais ou menos 4%. A China deve entrar numa fase na qual o crescimento será de melhor qualidade e muito provavelmente não tão forte quanto foi na última década. O país deve crescer de 7% a 8% nos próximos cinco anos e daí para a frente. Num certo sentindo, essas crises nos Estados Unidos e na Europa são boas para a China. Elas obrigam os chineses a perceber que o futuro do país depende das decisões que afectam apenas a sua própria economia — e não as suas exportações para o resto do mundo. Pode parecer estranho, mas eu acredito que as crises têm ajudado a posicionar a China no mundo. Nas últimas semanas, por exemplo, os chineses estão a acelerar o uso do iuane no mercado internacional. Eles já estavam a prometer a convertibilidade total da moeda chinesa até 2015. Esperamos que agora se concretize. Uma parte dessa preocupação surgiu com a instabilidade nos Estados Unidos e na Europa. Mas também penso que essa realidade se aplica aos outros países emergentes. Cada vez mais as nações que compõe o bloco BRIC — Brasil, Rússia, Índia e China — serão importantes no mundo, especialmente em termos comerciais. Veja-se o exemplo da Índia, que está dez anos atrasada em relação à China. Para alimentar o seu crescimento, a Índia está a importar quantidades cada vez maiores de commodities. Nesse sentido, o Brasil, Rússia e África são fornecedores que vão sair beneficiados.


    Bolsa chinesa em queda: As acções da praça de Xangai caíram durante três dias consecutivos (a verde) fruto da quebra na produção industrial do país

    O que é que os países emergentes precisam de fazer para se proteger da crise que vem dos países ricos?

    Jim Rogers — É inegável que, se os Estados Unidos e a Europa passarem a crescer menos, a China e os outros países emergentes sofrerão repercussões. Mas a única coisa que as economias emergentes podem fazer é tentar não aumentar o seu próprio endividamento. Afinal, é só olhar o que está a acontecer nos países ricos para concluir que os desequilíbrios os conduziriam ao caos. Os emergentes também precisam estar atentos à inflação — episódios de altas de preços e de aquecimento dos sectores imobiliários estão a surgir na China, na Índia e no Brasil. No caso da inflação, é preciso agirem rapidamente ou ficarão cada vez pior. É por isso que a China tem tentando arrefecer a sua economia nos últimos anos. Os chineses já aumentaram a taxa de juro seis vezes. Os países emergentes também terão de resistir à tentação de adoptar medidas proteccionistas. Historicamente, o proteccionismo costuma ser uma tentação em tempos de crise, mas em geral, no longo prazo, o resultado é péssimo.

    A economia chinesa tornou-se o principal motor da economia mundial. Mesmo depois da crise, ela conseguirá sustentar uma taxa de crescimento na casa dos 10% no futuro?

     

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    José Alexandre Scheinkman, doutorado em Economia, é professor na Universidade Princeton e consultor do Banco Mundial

    Peter Schwartz — É impressionante o que os chineses têm feito para gerir a sua economia na última década. Eles passaram incrivelmente bem pelas crises de 2007 e 2008 — tanto no sector financeiro como na economia em geral. É verdade que existem riscos, mas são comparáveis àqueles que já foram superados. Logo, mais uma vez, a China pode sair bem da turbulência externa. É um facto que a procura por produtos chineses na Europa e nos Estados Unidos é significativa e qualquer redução terá impacto. Mas também é verdade que a procura interna da China está a aumentar. Uma coisa compensa a outra. A China já conseguiu tirar mais de 300 milhões de pessoas da pobreza. E ainda há mais 1000 milhões de chineses (cerca de 20 vezes os habitantes da Coreia) que precisam de ascender. Esses 1000 milhões de pessoas vão precisar da mesma educação, de habitação e de alimentos aos quais os primeiros 300 milhões de pessoas já acederam.

     

     

     

    Por: Fabiane Stefano

    Fonte: Exame

    Foto: Exame

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