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    Costa: Relocalização de refugiados “não tem sido propriamente um sucesso”

    O primeiro-ministro explicou a alocação suplementar de refugiados que propôs a quatro países e disse ser errado que a sua recepção “seja apenas uma protecção contra a guerra”, defendendo a sua integração profissional.

    O primeiro-ministro António Costa lamentou esta sexta-feira, 19 de Fevereiro, que apenas 30 dos 4.500 refugiados que Portugal se disponibilizou para receber tenham chegado ao país, apontando reparos ao seu processo de distribuição pela Europa.

    “Esse processo de relocalização conduzido pela União Europeia não tem sido propriamente um sucesso. Dos 4.500 refugiados que Portugal se disponibilizou para acolher, estamos na casa dos 30. E o balanço nos outros países da União Europeia é que o sistema não tem estado a funcionar devidamente”, afirmou aos jornalistas, à margem do Conselho Europeu em Bruxelas – que além das negociações para manter o Reino Unido na UE também tem a crise de refugiados na agenda.

    António Costa explicou também a oferta complementar que fez aos seus homólogos da Grécia, Itália, Áustria e Suécia para receber e integrar, em alguns casos no mercado de trabalho, mais cerca de 5.800 refugiados (a maioria de Atenas) além dos 4.486 que já tinham sido destinados no processo de distribuição. No total, o país receberia mais de 10 mil pessoas.

    “Essa disponibilidade que colocámos vai para além da oferta que já tínhamos feito à União Europeia. (…) Manifestámos disponibilidade aos nossos parceiros, que estão a fazer a sua própria avaliação nos processos de registo. Nem sempre todos os países tem identificado qual o perfil profissional”.

    Segundo a Lusa, o Governo está disposto a integrar cerca de dois mil estudantes universitários, 800 no ensino vocacional e entre 2.500 e 3.000 refugiados qualificados para trabalhar nas áreas agrícola e florestal.

    “[O objectivo] é assegurar a cada um a melhor oportunidade possível de integração social, o que passa por aceder a um posto de trabalho”, afirmou, dizendo ser errado que a recepção de refugiados seja apenas uma protecção contra a guerra. “O estatuto de refugiado tem de assegurar a todos a oportunidade de se integrarem. Há oportunidades em todos os estados”, disse.

    O primeiro-ministro defendeu ainda a necessidade de Portugal ser proactivo em áreas de interesse comum para poder ganhar capacidade negocial nos assuntos que directamente lhe dizem respeito: “Portugal tem de retomar na Europa a boa tradição durante muitos anos, que ajuda a criar soluções e não traz problemas. Tem de ser proactivo, vir à Europa falar sobre todos os temas europeus”. (Jornal de Negocios)

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