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    Consulado do Brasil em Portugal acusado de favorecimento em recrutamento

    Organismo suspendeu por tempo indeterminado o concurso destinado a preencher as três vagas para auxiliar administrativo. Mas nega as acusações de favorecimento de que se queixam os candidatos.

    O consulado brasileiro em Portugal iniciou um processo de recrutamento de três auxiliares administrativos, mas o concurso público, suspenso no momento, tem sido alvo de críticas pelos candidatos que acusam o organismo de irregularidades.

    Os candidatos queixam-se de, apesar de terem qualificações superiores adequadas às vagas em causa (relações internacionais e administração), não passaram à segunda fase do concurso, que no entanto contemplou currículos menos qualificados.

    Para as três vagas concorreram 829 candidatos e destes apenas 48 foram aprovados para passar à fase seguinte, uma prova escrita. O caso é noticiado pelo jornal Folha que refere que há relativamente a este concurso do consulado em Lisboa acusações de favorecimento a pessoas ligadas a diplomatas.

    O consulado nega as acusações de irregularidades, contudo, suspendeu por tempo indeterminado a prova escrita, que estava marcada para o dia 9 deste mês, “por razões administrativas”.

    O mesmo jornal brasileiro esclarece que apesar de o edital do concurso exigir apenas o ensino secundário completo e conhecimentos básicos de informática, o mais comum é é que as vagas para auxiliar administrativo fossem preenchidas por candidatos com ensino superior e fluência em línguas, já que as funções para o cargo passam pelo contacto com o público e emissão de documentos. De resto, são essas as qualificações da maioria dos auxiliares atualmente no consulado.

    Uma funcionária antiga do consulado disse ao Folha que houve uma tentativa de direcionar o processo seletivo para as pessoas que já estavam a trabalhar no consulado.

    Uma das vozes críticas é a de Lúcia Wolski, formada em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa. Diz que reúne os pré-requisitos e que entregou a documentação exigida e mesmo assim não foi selecionada para a prova escrita. Lamenta ter perdido tempo e dinheiro.

    Sheyla Lima, que também não foi selecionada, diz mesmo que o concurso é uma fraude. “Muitos qualificados não foram chamados porque esse concurso é uma fraude, já tem carta marcada para entrar nas vagas”, contestou.

    Numa nota enviada ao jornal, o consulado nega as irregularidades e refere que “a afirmação dos candidatos queixosos é ofensiva e carece de fundamento”. Certo é que a contratação, anunciada em janeiro, permanece suspensa.

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