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    Construção muda o país

    Definido pelo Executivo como essencial, o sector da construção civil está a transformar o país e a contribuir de maneira decisiva para o desenvolvimento de Angola. Estradas e pontes, escolas e hospitais, habitações e barragens, estão a melhorar as condições de vida dos angolanos e a transformar profundamente a imagem do país. A 10ª edição da Feira Internacional de Equipamentos e Materiais para a Construção Civil, Obras Públicas, Urbanismo e Arquitectura, “Projekta by Constrói Angola”, realizada com o apoio do Executivo entre os dias 25 e 28 de Outubro, reflectiu a dinâmica do país neste sector e atraiu muitos interessados em participar na reconstrução de Angola.
    Quando se alcançou a paz, em 2002, Angola era um país fisicamente destruído e profusamente minado. Dez anos passados, a aposta do Executivo na reconstrução nacional está claramente ganha. Durante a feira, o ministro da Construção realçou que o país conheceu um elevado nível de crescimento em infra-estruturas na última década. “Em dez anos de paz, o país ofereceu aos seus cidadãos melhores serviços, criou uma rede segura de infra-estruturas públicas diversificadas, que oferecem mais segurança e mais dignidade aos angolanos”, acrescentou.
    Fernando Fonseca salientou que o país, ao transformar-se num canteiro de obras, passou a reflectir a imagem de uma Angola em crescimento acelerado, apostada em se refazer das marcas da guerra e de projectar o seu desenvolvimento.
    No certame, que decorreu nas instalações da Filda sob o lema “Projekta o futuro, construindo o presente”, participaram 380 expositores, divididos em três pavilhões, oriundos de países como Portugal, Brasil, Turquia, África do Sul, China, Espanha e, pela primeira vez, a Itália, num espaço territorial de cerca de 15 mil metros quadrados.
    Ao longo dos dias em que decorreu, estiveram em exposição diversos materiais de construção, como máquinas, equipamentos, serviço de canalização e de tratamento de água, instalação eléctrica, tubos, andaimes, projectos de construção de habitações, de cozinhas, modelos de pavimentos, tijolos, cimento, serviço de construção e reabilitação de infra-estrutura e serviço de consultoria e execução de projectos.

    Parcerias de negócios

    A 10ª edição da Feira Internacional de Equipamentos e Materiais para a Construção Civil, Obras públicas, Urbanismo e Arquitectura ficou marcada pelas parcerias de negócios estabelecidas entre as empresas participantes.
    O director da área de feiras de Portugal em Angola, Jorge Oliveira, disse terem realizado um volume de negócios na ordem dos dois milhões de dólares. Considerou, por isso, “muito lucrativa” a participação portuguesa no evento, não só pelo volume de negócios, mas também pelo elevado número de pessoas que visitaram os stands das empresas portuguesas.
    Durante a feira, explicou, foram estabelecidos muitos contactos entre empresários portugueses e angolanos, no sentido de se alargar mais as parcerias já existentes. “Isto é resultado de uma nova dinâmica do crescimento que está a acontecer em Angola neste momento”, realçou.
    O administrador da empresa de construção civil Omatopalo-Grupo Socolil, Luís Canteiro, também fez um balanço positivo da participação da sua empresa na feira, uma vez que, ao longo do evento, foram estabelecidos contactos de negócios, não só com os potenciais clientes, mas também com os fornecedores de matéria-prima.
    Na sua perspectiva, o sucesso da participação é o culminar de um ano de 2012 extremamente positivo, depois de terem ganho o concurso para a construção de um dos pavilhões que vai receber os jogos do Mundial de Hóquei em Patins, que Angola vai albergar em 2013. O director executivo da Balteaconstruzioni de Itália, que opera igualmente na construção civil, Paolo Bove, disse que o evento serviu para apresentar os seus produtos ao vasto mercado angolano, numa altura em que o país está empenhado na recuperação das suas infra-estruturas destruídas pela guerra.
    O formador Edson Tonga, que representou o Centro Profissional de Construção (CENFOC) disse ter ficado satisfeito com a presença na Filda. “Estar aqui, foi uma vitória para a nossa instituição, porque apesar de não conseguirmos atrair muitos jovens para aderirem aos nossos cursos, conseguimos mostrar às pessoas que existimos e temos várias áreas de formação, como electricidade, pintura, refrigeração, construção civil, entre outros”, acrescentou. O pavilhão número dois, onde esteve a comitiva de Portugal, foi este ano o maior em representatividade, com mais de 50 empresas presentes. Mas quem despertou maior curiosidade aos visitantes foi a máquina denominada Osmose, que transforma, de modo rápido, água salgada em água potável, pronta para consumo, e o gerador que trabalha com fluxos de água do rio, produzindo energia, Nesta edição, o destaque foi também para a Empresa Peri Portugal, uma multinacional alemã, que pôs um novo sistema de cofragem monolítica de alumínio para construção de habitações sociais, denominado “sistema UNO”.

    Plano director

    A organização do evento promoveu a realização de conferências sobre diversas temáticas ligadas ao sector. Uma das apresentações que mais suscitou curiosidade foi o plano director do projecto de reconversão urbana do município do Cazenga e dos distritos urbanos do Sambizanga e Rangel.
    O director do Gabinete Técnico, Bento Soito, disse que o mesmo foi elaborado com a contribuição dos moradores das três zonas abrangidas.
    Durante a apresentação do plano, cujas obras já tiveram início efectivo em Março de 2011, após ter sido colocada a primeira pedra em 2010, no município do Cazenga, pelo Presidente da República, Bento Soito disse que, com a sua conclusão, a população vai ver os seus sonhos e anseios realizados. “Os trabalhos estão bem avançados e não existe constrangimento de nenhuma ordem”, referiu.

    Fonte: JA

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