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    Cimeira para Democracia: Analistas dizem que é oportunidade para Angola deixar autoritarismo

    Analistas políticos angolanos consideram que o convite feito pelo Presidente dos Estados Unidos ao seu homólogo angolano João Lourenço para participar na Cimeira para a Democracia, a ter lugar nos dias 9 e 10 constitui um desafio que se coloca a Angola no sentido de mudar o carácter autoritário da sua democracia.

    Biden convidou líderes de 110 países, incluindo Angola, para participarem no evento virtual.

    Para o jurista Vicente Pongolola, o convite do Presidente americano visa “incentivar os governantes dos mais de 100 países a enveredarem-se pelo caminho da democracia de facto e não a fingir”, entretanto Pongola entende que, para o caso de Angola, “a recém promulgada lei eleitoral demonstra claramente que ainda não abraçamos processos eleitorais transparentes”.

    Por seu turno, o investigador e jornalista Fernando Guelengue considera que o convite das autoridades americanas a Angola representa uma “nota positiva” por incluir “países não democráticos”.

    Guelengue diz que “Angola deve aproveitar a cimeira para começar a amadurecer a sua democracia interna”.

    A nível oficial, o Governo de Angola ainda não confirmou a recepção do convite americano a João Lourenço para a cimeira, que coincide com a realização do congresso do partido governamental, de que é presidente e candidato à reeleição.

    A cimeira

    Enquanto candidato à presidência dos Estados Unidos da América, o Presidente Joe Biden prometeu reunir países com interesses semelhantes em torno dos esforços para “combater a corrupção” e o “autoritarismo” e “promover os direitos humanos”.

    Angola terá entrado nessa lista tendo em conta, em especial, o combate à corrupção que foi assumido pelo Presidente João Lourenço por altura da sua tomada de posse.

    A lista de convidados para a cimeira virtual dos Estados Unidos divulgada pelo Departamento de Estado inclui países com défices democráticos e que não respeitam os direitos humanos.

    Entre os convidados, segundo o Índice de Democracia da Freedom House, 77 são considerados países livres ou completamente democráticos, 31 parcialmente democráticos e três não livres.

    Moçambique e Guiné-Bissau são os únicos países de língua portuguesa que não foram convidados.

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