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    Médicos e Governo retomam negociações depois de acusações mútuas

    O secretário de Estado para a Área Hospitalar afirmou estar surpreso com a greve dos médicos, que entra nesta terça-feira, 7, no seu segundo dia, e acusou o Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea) de abandonar a mesa das negociações.

    Por seu lado o secretário-geral do Sindicato, Pedro da Rosa, que fez acusação idêntica ao Ministério da Saúde, garantiu à VOA que a greve será levantada apenas depois do Governo responder ao caderno reivindicativo.

    As duas partes devem retomar as negociações hoje.

    Entretanto, ontem, Leonardo Europeu, que tem liderado as negociações com o (Sinmea) por parte do Ministério da Saúde, disse que o caderno reivindicativo apresentado em Setembro pelo sindicato “mereceu uma resposta em tempo”.

    O secretário de Estado revelou que o Executivo aceitou reintegrar imediatamente o médico e presidente do Sinmea, Adriano Manuel, e anular o processo disciplinar contra ele em curso no Hospital Pediátrico David Bernardino depois de ter denunciado a morte crianças.

    Leonardo Europeu acusou, no entanto, o sindicato de abandonar as negociações na quinta-feira, 2, depois de as partes terem debatido pontos “que têm a ver com a questão salarial e os subsídios”.

    “Surpreendentemente na quinta-feira à noite praticamente nos deixaram na mesa porque acharam que a proposta do Ministério da Saúde referente ao ponto um não favorecia ao presidente”, revelou o secretário de Estado para a Área Hospitalar, para quem é uma atitude “contrária ao diálogo”, partir para a greve.

    O governante ainda apelou a classe médica “a estar unida, no sentido bom, não dizemos que a reivindicação não tem sentido, mas estamos a trabalhar e neste momento só estamos a depender da decisão do Dr. Adriano, quer dizer se ainda existe greve só por causa do ponto um já o fizemos”, e mostrou as guias que indicam a recolocação daquele médico.

    Posição contrária tem o sindicato

    Pedro Rosa, secretário-geral do Sinmea assegurou à VOA que “tudo fizemos para estancar a greve, mas os representantes do Governo abandonaram a mesa de negociação, o que entendemos ser uma falta de respeito aos médicos que estavam aí representados”.

    Entre as reclamações que constam do caderno reivindicativo estão a melhoria salarial, a segurança dos profissionais da classe, a melhoria do sistema de saúde, a melhoria da assistência primária, a humanização dos serviços e a transparência entre outras.

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