O projecto Chitotolo, uma parceria entre a Endiama, ITM e Lumanhe, localizado no município do Camabulo , província da Lunda-Norte , a partir do segundo trimestre do próximo ano vai começar a trabalhar a nova área de exploração diamantífera da frente Lussaka.
O anúncio foi feito no final de semana ao Jornal de Angola, no Nzagi, pelo seu director adjunto para as operações mineiras, Pedro Galiano.
O responsável, que fez este pronunciamento à margem do almoço de confraternização referente aos 15 anos de existência da empresa, no dia 2 de Dezembro, revelou que a nova área de concessão resulta dos trabalhos de prospecção que estão a ser desenvolvidos dentro do projecto.
Pedro Galiano disse que o sucesso obtido nos trabalhos de prospecção permite que Chitotolo e os seus associados projectem outros investimentos para a aquisição de novas máquinas que vão possibilitar o arranque da nova mina.
“Os resultados obtidos na actividade de prospecção levaram a empresa e seus parceiros a fazerem novos investimentos para a compra de novas máquinas”, disse, e assegurou que no início do próximo ano os novos materiais começam a chegar.
O director adjunto destacou que, por isso, para a descoberta do potencial geológico-mineiro das reservas naturais existentes na área de exploração, a empresa vai continuar apostada em investir nas acções de prospecção, com vista ao aumento da capacidade dos níveis de produção diamantífera.
O responsável frisou que todo o projecto mineiro que pretende competir e conquistar espaços a nível dos mercados internacionais do sector deve reforçar as suas acções de prospecção, pois que a sua continuidade depende em grande medida da abertura de novas áreas de produção diamantífera.
“As empresas de extracção de diamantes fazem investimentos com custos bastante elevados e, por isso, o trabalho de prospecção deve ser um processo contínuo, com vista à recuperação do dinheiro.”
Pedro Galiano afirmou que actualmente o Chitotolo trata 800 mil metros cúbicos de volume de minério, que permite uma produção mensal de 18 mil quilates. Em 2012, adiantou o director adjunto para as operações mineiras, “pretendemos, através do reforço de projectos de prospecção, pesquisa e exploração elevar a capacidade de produção dos diamantes extraídos no Chitotolo”.
Pedro Galiano considerou animadores os resultados de produção, uma vez que o preço de venda dos diamantes nos seus principais mercados continua a oscilar ano após ano, na sequência da crise financeira internacional.
O director adjunto de operações mineiras do Chitotolo apontou também o processo contínuo de formação e capacitação técnica dos trabalhadores como a principal aposta da empresa para o próximo ano. Declarou que, neste momento, o capital humano da empresa Chitotolo é de 737 trabalhadores, dos quais 638 nacionais e 99 estrangeiros.
O projecto Chitotolo, realçou, conseguiu através das suas políticas de gestão interna manter-se funcional durante o período de vigência da crise financeira internacional e dar continuidade à actividade de exploração diamantífera, sem recorrer ao redimensionamento do seu quadro humano. O projecto Chitotolo detém uma área de exploração de 54 quilómetros quadrados e 99 por cento dos seus diamantes são considerados “jóias”.
Armando Sapalo| Nzagi
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Benjamin Cândido