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    Chipre pede resgate financeiro à União Europeia

    Incapaz de suprir por meios próprios as necessidades de financiamento da banca, o Governo do Chipre confirmou nesta segunda-feira aquilo que há semanas dera como praticamente inevitável, pedindo um resgate financeiro à União Europeia.

    O Chipre torna-se, assim, no quinto país da moeda única a assumir que terá de solicitar apoio aos parceiros europeus, no mesmo dia em que Espanha formalizou o seu pedido de resgate para os bancos.

    Às autoridades europeias, o Executivo cipriota fez saber que vai avançar com um pedido de “assistência financeira” para receber fundos dos mesmos mecanismos de socorro do euro que suportam os empréstimos às economias resgatadas na moeda única.

    Num curto comunicado, o Governo pouco mais acrescenta em relação ao que admitira há duas semanas, quando deu sinais claros de que se preparava para pedir um resgate. “O objectivo do pedido de assistência é conter os riscos para a economia cipriota” da exposição à economia grega, em particular o sector financeiro. E nada mais diz, não se referindo a estimativas do resgate.

    Com dificuldades em encontrar fundos para recapitalizar a banca sem o auxílio da zona euro, o Governo já admitira que poderia pedir um resgate ainda no mês de Junho, altura em que teria de concluir os planos de recapitalização do sector financeiro.

    Em causa estão, em particular, as necessidades de capital do segundo maior banco do país, o Banco Popular do Chipre, de até 1800 milhões de euros, segundo estimou há semanas o governador do Banco Central do Chipre, Panicos Demetriades.

    Dada a pequena dimensão da pequena economia cipriota, o impacto nos mercados não deverá ser comparável ao produzido pela situação que os parceiros europeus têm em mãos com o caso espanhol, cujas necessidades de capital podem chegar aos 62 mil milhões de euros.

    Desde que o Executivo admitiu que o mais provável seria vir a pedir um resgate, as agências de rating sinalizaram as dificuldades, primeiro a Moody’s e como ainda hoje fez a Fitch, que cortou a nota de crédito da dívida do Estado para BB-, um nível considerado como “lixo” financeiro, ou seja, dívida especulativa.

    FONTE: Público

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