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    Chinaleaks: elite comunista da China desmascarada

    Parentes de Xi Jinping (c), o atual chefe de Estado, também estão envolvidos no escândalo das contas no exterior (POOL/AFP, WANG ZHAO)
    Parentes de Xi Jinping (c), o atual chefe de Estado, também estão envolvidos no escândalo das contas no exterior (POOL/AFP, WANG ZHAO)

    Investigação internacional desenvolvida por jornalistas vai revelar os 37 mil nomes de cidadãos relevantes com contas em paraísos fiscais.

    A International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) revelou, esta quarta-feira, que uma parte importante de familiares da elite comunista da China está fortemente ligada com a atividade de sociedades em paraísos fiscais. Entre os suspeitos está um cunhado do presidente Xi Jinping e o filho do primeiro-ministro Wen Jiabao, assim como empresários de sucesso e grandes companhias estatais.

    A organização de jornalistas de investigação vai publicar esta quinta-feira os nomes dos 37 mil cidadãos chineses que têm ativos em paraísos fiscais, segundo o relatório divulgado. O texto do ICIJ, mostra ainda o papel de grande bancos e empresas ocidentais como mediadores no estabelecimento de empresas nesses paraísos.

    Não sendo crime ter contas em paraísos fiscais, como lembrou o porta-voz das relações exteriores do Governo chinês, o que levanta dúvidas são as riquezas acumuladas pela elite chinesa no poder, assim como o facto do número de multimilionários chineses ter subido para 315, quando há 10 anos não existia nenhum.

    Estas revelações sobre a ligação das elites chinesas a paraísos fiscais integram um dossiê mais extenso que começou a ser divulgado em abril de 2013. Contendo informação sobre 2,5 milhões de arquivos de três empresas prestadoras de serviços para offshores.

    Após as divulgações destes dados os jornais El Pais, The Guardian, Le Monde e Süddeutsche Zeitung foram censurados pelo Governo chinês e o acesso online a estes jornais foi bloqueado.

    A organização de jornalistas de investigação já publicou anteriormente informações sobre o uso de paraísos fiscais com base em mais de dois milhões de documentos de duas empresas de serviços financeiros nas Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas.

    «Apesar de termos publicado pela primeira vez informações sobre paraísos fiscais em junho de 2013, decidimos não revelar os detalhes sobre a China, Hong Kong e Taiwan até terminarmos a investigação», refere o site do ICIJ.

    Talvez o que mais espante seja a notícia de que quase metade dos multimilionários se sentem na Assembleia Nacional, com patrimónios avaliados em 62 milhões e 200 mil dólares. Uma ordem de grandeza que se percebe melhor na revelação feita por um centro de informação de Washington e que diz que a fortuna acumulada pelos deputados chineses é 46 vezes mais elevada do que a dos 200 congressistas americanos mais ricos. (tvi24.iol.pt)

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