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    Centenas de sul-coreanos puderam regressar ao trabalho na Coreia do Norte

    Cinco meses depois, centenas de sul-coreanos puderam regressar ao trabalho na Coreia do Norte (FOTO: LEE JAE-WON/REUTERS)
    Cinco meses depois, centenas de sul-coreanos puderam regressar ao trabalho na Coreia do Norte (FOTO: LEE JAE-WON/REUTERS)

    Complexo de Kaesong tinha sido encerrado em Abril por Pyongyang em resposta às sanções internacionais.

    O acordo alcançado na semana passada entre Pyongyang e Seoul cumpriu-se e as empresas e fábricas do complexo industrial de Kaesong da Coreia do Norte, junto à zona desmilitarizada, voltaram a abrir as portas nesta segunda-feira. Foi a primeira vez desde que, em Abril, a Coreia do Norte fechou todo o complexo em resposta às sanções internacionais impostas depois de novos testes nucleares. O encerramento terá causado centenas de milhões de euros de prejuízos às 123 empresas sul-coreanas ali instaladas.

    Dezenas de viaturas e camiões atravessaram esta manhã a fronteira, descreve a AFP; também as centenas de empresários e funcionários passaram a fronteira para voltar ao trabalho, com um misto de esperança e apreensão.

    “Gostaria que pudéssemos trabalhar juntos como antes”, disse o proprietário de uma empresa, de 50 anos, ouvido pela AFP. “Mas, francamente, estou preocupado. Nunca sabemos. A Coreia do Norte pode mudar de opinião de um dia para o outro.”

    Kaesong foi criado em 2004 para fomentar uma maior aproximação entre o Norte e o Sul. É uma importante fonte de divisas estrangeiras para a Coreia do Norte e de rendimento para a Coreia do Sul, que tem ali instaladas 123 empresas e fábricas. Simboliza uma tentativa de cooperação económica entre dois países tecnicamente em guerra: o armistício assinado há 60 anos para pôr fim à Guerra da Coreia (1950-1953) nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.

    O seu encerramento terá causado cerca de mil milhões de prejuízos às empresas, que empregam 50 mil norte-coreanos e pelo menos 800 sul-coreanos. Situado a dez quilómetros da fronteira, para Norte, o complexo foi encerrado por decisão unilateral do regime de Kim Jong-un em Abril, depois das sanções do Conselho de Segurança da ONU impostas em Março na sequência de novos testes nucleares. As empresas ali instaladas dizem precisar de pelo menos um ano para compensar as perdas.

    Para evitar um novo encerramento por decisão da Coreia do Norte, a Coreia do Sul impôs no acordo, assinado na semana passada, a abertura do complexo ao investimento estrangeiro. (publico.pt)

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