Nova Iorque -O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos no Burundi, Zeid Al-Hussein, manifestou-se, terça-feira última, profundamente preocupado com as violências e ameaças por parte de uma milícia pro-governamental no Burundi.
Num comunicado transmitido à PANA no mesmo dia em Nova Iorque, Zeid Al-Hussein exortou as autoridades do Burundi a tomarem medidas concretas e imediatas para punir esses “criminosos que semeiam o terror” no país.
“Todos os dias, registamos 40 a 50 apelos de pessoas amedrontadas e intimidadas em todo o país, pedindo a nossa protecção ou assinalando casos de tortura”, declarou o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos no Burundi.
Sublinhou por outro lado que o Escritório de Direitos Humanos registou autos e narrações de 47 refugiados burundeses que fugiram para o Rwanda e a República Democrática do Congo por terem sofrido violações graves cometidas pela milícia leal ao Governo do Burundi, vulgo Imbonerakure.
De acordo com o alto funcionário da ONU, as acusações de violações dos direitos humanos têm a ver, entre outras acções, com execuções sumárias, sequestros, torturas, ameaças de morte e outras formas de intimidação, alegadamente denunciados em Bujumbura e em muitas províncias do país.
Depois de ter pedido aos partidos da oposição para não responderem às provocações do partido no poder, Conselho Nacional de Defesa da Democracia -Força de Defesa da Democracia (CNDD-FDD), Kay exortou a classe política burundesa a preservar as conquistas de uma década de construção da paz e evitar, por causa da bulimia de poder, afundar-se de novo no caos. (portalangop.co.ao)