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    Brasil bate recorde de doadores para transplantes de órgãos

    O Brasil registrou em 2016 um recorde de quase 3 mil doadores para transplantes. Foram realizados cerca de 25 mil procedimentos, o número representa um aumento de 18% em relação a 2015. 90% dos transplantes foram financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Entre os órgãos mais transplantados está o de coração, que registrou um aumento de mais do que o dobro de 2010 para 2016, passando de 167 para 357 procedimentos. Porém também houve aumento no número de transplantes renal, hepático, de pulmão, de córnea e de pâncreas.

    Mesmo com o aumento no número de transplantes,  a meta do Brasil é a de diminuir a fila de espera por um doador, que ainda é longa. Até dezembro de 2016, havia 41.042 pessoas aguardando na fila por um transplante, sendo que 24.914 delas esperando por um rim, mas a taxa de famílias que aceitaram doar órgãos foi de  57%, o equivalente a um aumento de apenas 1% em comparação ao ano anterior,  onde a taxa de aceitação familiar foi de 56%.

    O Ministro da Saúde, Ricardo Barros alertou que estruturalmente o sistema está capacitado para aumentar o número de transplantes, porém o foco deverá ser nas campanhas de conscientização para que as famílias doem mais e assim reduzir as filas de espera.

    “Nosso objetivo principal agora para reduzir as filas, já que temos uma excelente infraestrutura técnica de hospitais especializados para fazer os transplantes, é fazer campanhas de conscientização  para que as famílias autorizem a doação de órgãos, facilitar a regulação, a legislação que envolve essa questão da doação, para que possamos ampliar também esse acesso. Tudo dentro da segurança necessária, e da ética que é necessária para atuar na área de transplantes.”

    Após notícias de perda de órgãos por conta de problemas com o transporte, um decreto presidencial registrado em junho do ano passado  estabeleceu uma parceria entre o Ministério da Saúde e as Forças Armadas para aumentar o número de procedimento no país. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira fica em solo à disposição para o transporte de órgãos, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes aguardando transplantes.

    O Ministério da Saúde informou que dobrou o orçamento na área de transplantes desde 2008, passando de R$ 453,3 milhões para R$ 942,2 milhões. Em 2016, o orçamento foi de 2,2 bilhões com os investimentos em medicamentos usados para evitar a rejeição do órgão transplantado.

    Atualmente, a rede brasileira de transplantes conta com 27 Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de 14 câmaras técnicas nacionais, 506 Centros de Transplantes, 825 serviços habilitados, 1.265 equipes de Transplantes, 574 Comissões Intra-hospitalares de Doação e Transplantes, e 62 Organizações de Procura de Órgãos.

    Durante o balanço de transplantes, a secretária de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, anunciou que nos próximos dias, a pasta vai publicar uma portaria trazendo incentivos específicos às Centrais de Transplantes, e que também vai aumentar a parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) para estudar e resolver a situação de quedas pontuais de transplantes em alguns estados, como no Rio de Janeiro e em Pernambuco, para poder melhorar os resultados para 2017. (Sputnik)

     

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