A falta de um matadouro moderno está a condicionar a comercialização de carne bovina na cidade do Cuito, província do Bié, segundo constatou a Angop hoje, sexta-feira, na Caluapanda, dez quilómetros a sul da capital biena.
Em declarações à Angop, a vendedora de carne Deolinda Evaristo considerou que a não conclusão das obras do matadouro local continua a afectar o seu trabalho, dificultando as 25 pessoas que funcionam no local, das quais 13 homens encarregues do abate de animais.
A vendedora falou ainda da falta de alguns meios de segurança higiénica, como luvas, botas e tocas, mas disse que a carne vendida no local tem qualidade para o consumo humano.
Informou que uma cabeça de gado é adquirida aos criadores no valor de 140 mil kwanzas.
Por sua vez, o veterinário afecto à direcção da Agricultura no Bié Helder Emanuel explicou que por falta de condições de trabalho, apenas realiza-se a inspecção da carne e não do animal antes do abate, facto que preocupa a sua instituição.
Em 2014, disse a título de exemplo, foram identificadas duas cabeças de gado bovino com suspeitas de estarem infectados com tuberculose e foram enterrados, a fim de evitar qualquer doença no seio da população.
Para melhorar o quadro, o governo da província está a construir um matadouro moderno, com capacidade para albergar 25 pessoas. Entre outros, a infra-estrutura conta já com frigoríficos, reservatório de água e um grupo gerador. (portalangop.co.ao)