Supervisor europeu aceita pedido do CaixaBank para alargar prazo para o BPI reduzir a exposição a Angola. Banco tem quatro meses para cumprir exigência, começando este prazo a contar a partir da conclusão da OPA do CaixaBank, prevista para Outubro.
O Banco Central Europeu alargou o prazo para o BPI cumprir a obrigação de reduzir a exposição ao mercado angolano. Segundo um comunicado hoje divulgado pelo CaixaBank, o supervisor europeu concedeu um prazo adicional de quatro meses a contar da conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos catalães sobre o BPI, prevista para Outubro.
Numa nota divulgada no site o supervisor espanhol, o CaixaBank adiantou ainda que o BCE decidiu adiar a aplicação de sanções ao BPI pelo não cumprimento da obrigação de reduzir a exposição a Angola, país onde opera através do Banco Fomento Angola (BFA).
Recorde-se que a administração do BPI avançou com um plano para cumprir a exigência do BCE, que passava por um ‘spin off’ dos activos africanos, mas a operação não avançou devido ao veto por parte de Isabel dos Santos, que controla cerca de 20% do capital e tem poder de bloqueio, devido a desblindagem dos estatutos do banco, que limita os direitos de voto dos accionistas a essa percentagem.
O CaixaBank, que tem 44% do BPI mas só pode votar com 20%, pretende avançar com a desblindagem dos estatutos do banco, de modo a poder concluir a OPA com sucesso. (diarioeconomico)