A dívida dos bancos espanhóis com o Banco Central Europeu bateu um novo recorde no mês de maio ao atingir 287,8 bilhões de euros, principalmente devido a injeção de liquidez do BCE no sistema bancário do país.
O montante, que indica a capacidade do sistema bancário de recorrer aos mercados e não ao BCE para se financiar, sinaliza o aumento recorde progressivo desde o início do ano, segundo o Banco da Espanha, que divulga esses dados desde 1999.
O pedido de ajuda dos bancos espanhóis ao BCE havia aumentado em até 131,9 bilhões de euros em julho de 2010, mas tinha sido reduzido a 42,43 bilhões em abril 2011, antes de voltar a subir a partir de maio do ano passado.
O aumento exponencial da dívida foi acelerado pela injeção de liquidez do Banco Central Europeu que para ajudar os bancos da zona do euro em dificuldades, realizou em dezembro duas operações de empréstimo para um prazo de três anos com taxas de juros muito vantajosas.
O primeiro empréstimo, no valor de 489 bilhões de euros, atraiu mais de 500 bancos. A segunda operação, de 530 bilhões de euros, envolveu 800 instituições bancárias.
A situação dos bancos espanhóis, fragilizada pelos problemas relacionados à crise do setor imobiliário, preocupa os investidores. Apesar do anúncio de um plano de resgate da zona do euro de até 100 bilhões de euros, os investidores estão pedindo taxas de juros cada vez mais altas para emprestar dinheiro aos bancos da Espanha.
Fonte: RFI
