O terceiro encontro provincial sobre a autoridade tradicional sugeriu ao Governo que tenha um acompanhamento rigoroso na nomeação de sobas, séculos e regedores, respeitando a sucessão por linhagem, os critérios e crenças que consagram o poder tradicional.
No encontro, promovido pelo Governo da Província de Luanda, escreve Angop, os sobas, regedores, seculos e colaboradores defenderam o reforço das relações entre a administração local e as autoridades tradicionais.
Os participantes sugeriram que seja feito um estudo para aferir se o número de autoridades tradicionais existentes corresponde a proporção territorial e populacional.
Outra recomendação saída do encontro é a reposição dos símbolos do poder tradicional a serem utilizados e exibidos pelos sobas e a criação de projectos de rentabilidade colectiva nos sectores da agricultura, pesca, artesanato, agências de turismo, entre outras.
Garantir a sua inserção ou dos descendentes e dependentes no sistema de formação profissional, assim como a sua inclusão no sistema de segurança social, foi igualmente recomendado no encontro.
O terceiro encontro provincial sobre autoridade tradicional decorreu quarta-feira, na vila de Catete, com objectivo de abordar a proposta de Lei e a sucessão das Autoridades Tradicionais.
Para além das contribuições a Lei, os participantes abordaram também os meios possíveis para assegurar a participação das mais de 40 mil autoridades tradicionais existente no país nos programas do Governo.
Consenso sobre os trajes oficiais, os subsídios, os critérios de sucessão e de legitimidade das autoridades tradicionais, assim como o território onde devem exercer as suas actividades, foram igualmente discutidos no encontro aberto pelo vice-governador para o sector social, Dionísio da Fonseca.