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    Antigo seleccionador advoga urgência na resolução do caso Akwá

    O antigo seleccionador nacional Romeu Filémon defendeu, quarta-feira, em Luanda, a necessidade de haver esforço conjugado da sociedade e das autoridades do país para a resolução do caso do ex-internacional Fabrice Maieco “Akwá”, suspenso há mais de 10 anos de toda actividade desportiva pela FIFA.

    Em reacção às lamentações do histórico capitão dos Palancas Negras, que se confronta com a impossibilidade de exercer qualquer função no sector futebolístico, o treinador disse à Angop, que deve haver por parte de todos reconhecimento e respeito pelos feitos de Akwá, por ter elevado a bandeira e o nome de Angola ao mais alto nível no mundo.

    “É uma situação que se arrasta há muito tempo. As pessoas devem ser reconhecidas com todo o mérito, por tudo quanto fizeram em prol da pátria e dos angolanos.

    O Akwá foi um servidor público, que com todo o sacrifício deu imensas alegrias ao país e deve ser valorizado por todos. Toda sociedade e as instâncias governamentais devem engajar-se na resolução do problema do Akwá. Por isso, independentemente dos erros que se tenham cometido, deve haver a premente necessidade do pagamento da multa contraída”, opinou.

    Ainda em função das divergências do goleador-mor ante o ex-coordenador das selecções nacionais Alves Simões, que o prometeu processar juridicamente, por falsas acusações, o também professor universitário apelou às partes a tratarem o assunto de forma cordial e harmoniosa, em benefício do desporto angolano.

    Acrescentou que, ao resolver-se o caso, Akwá ainda pode contribuir muito na massificação e o desenvolvimento da modalidade, já que possui importantes projectos de formação futebolística de crianças e jovens.

    No entanto, Akwá diz-se magoado pela forma como o seu caso tem sido tratado pela Federação Angolana de Futebol (FAF).

    “Depois de um jogo (da selecção), eu tinha 48 horas para me apresentar ao clube, mas, por orientação da FAF, toda a equipa veio primeiro para Luanda (a excepção de Mantorras – Sport Lisboa e Benfica). Atrasei-me e, por isso, o clube apresentou queixa à FIFA e fui suspenso”, explicou Akwá no programa “Prolongamento” da TV Zimbo, emitido segunda-feira.

    Em lágrimas, o ex-camisola 10 dos Palancas Negras disse, porém, não se sentir arrependido por tudo o que fez pelo futebol nacional.

    Explicou que, durante a preparação do CAN de 2010, decorrido no país, foram-lhe dadas oficialmente garantias de que a FAF resolveria a questão, tendo, a partir daí, mantido contactos com Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, sobre a liquidação, que, no entanto, não se efectivou até ao momento.

    Reagindo às declarações do actual presidente do Interclube, Alves Simões, em conferência de imprensa, em que ameaçou processar Akwá pelas acusações segundo as quais este dirigente teria responsabilidade no não pagamento da multa ao clube Qatar SC, o antigo atleta frisou ter consciência das suas afirmações.

    Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, afirma desconhecer qualquer orientação relativa ao pagamento da multa.

    O ex-goleador dos Palancas Negras está impedido de exercer qualquer função a nível do desporto federado, por decisão da FIFA, devido a uma multa de 260 mil dólares ao Qatar SC, por ausência, fora do prazo estipulado por lei, numa altura em que representava a selecção nacional.

    Autor do golo que levou Angola pela única vez a um campeonato do mundo de futebol (Alemanha2006), Akwá começou a carreira profissional em 1992, no Nacional de Benguela, e passou por equipas portuguesas, como o Sport Lisboa e Benfica, Alverca e Académica de Coimbra.

    O ponta de lança angolano actuou também no Qatar SC, Al-Wakra e Al-Gharafa (igualmente do Qatar) e encerrou a carreira no Petro de Luanda, em 2008.

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