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    Angolense Vilipendia “processo dos 50”

    angolanacionalistaspresosnoprocessodos50.O “Angolense” saiu à rua no último fim de semana com um artigo, que pelo seu carácter atentatório aos mais nobres propósitos dos combatentes da causa nacionalista , não pode deixar de causar indignação entre os mais variados extractos da população, independentemente da sua filiação partidária.

    O insulto gratuito e a ofensa à memória de todos quantos estiveram envolvidos na saga do “Processo dos 50”, protagonizados por Makuta N’Kongo configuram um ataque à própria História de Angola, sem que deixemos de considerar o livre debate de ideias, a exposição do pensamento de cada um e as contradições de ordem politica e ideológica distintas como três dos mais importantes condimentos que a democracia pode oferecer aos cidadãos em geral e, no caso, aos jornalistas. Mas há limites inultrapassaveis, pois, o uso indiscriminado da liberdade, como o fez Makuta N’Kongo num exercicio recorrente de intromissão na privacidade alheia, na utilização sistemática da mentira, particularmente quando se tratam de vários momentos da nossa História, pode resultar numa arma perigosa.

    É que ninguém entende a forma desenfreada, pouca sensata e desaustinada como Makuta N ́Kondo, aborda temas as mais das vezes sérios, profundos e que têm a ver in- clusivamente com o sentido de responsabilidade (no caso, a falta dele) utilizando expressões permanente- mente insultuosas, frequentemente de carácter antinacional, sem limites que se consigam antever.

    Desta feita, e, mais uma vez, aparentemente, sob o olhar silencioso do Conselho Nacional de Comunica- ção Social, insulta, individual e colectivamente todos os réus (e para o caso também os seus advogados de defesa) do Processo dos Cinquenta, chamandolhes entre outros epítetos de prisioneiros de delito comum, criminosos e delinquentes, chegando ao extremo de afirmar que alguns deles estavam detidos por crimes de natureza diversa que não a politica.

    Deixemos claro: O Processo dos Cinquenta é o primeiro e o mais importante julgamento politico da História contemporânea de Angola, que tiveram à posteriori outros julgamentos, que, tendo sido também fundamentais, não atingiram a sociedade angolana com a violência, a revolta e a decisão de acelerar o inicio da luta armada. Nenhum partido político, nenhum historiador, até mesmo os movimentos de libertação que se opuseram ao MPLA, quando este proclamou a independência nacional, puseram alguma vez tal acontecimento em causa.

    Assim de cor, recordemos Julieta Gandra, Agostinho André Mendes de Carvalho, António Pedro Benge, José Diogo Ventura, André Franco de Sousa, Amadeu Amorim, Carlos Aniceto (Liceu) Vieira Dias, Gabriel Francisco Leitão Pereira, Ilidio Tomé Alves Machado, Sebastião Gaspar Domingos, entre todos os outros. Criminosos, chama a esta leva de heróis angolanos, o dito cujo individuo! Que na sua paranóia absoluta, se esquece que o cidadão Rui Ventura, isto é, Joe Gilmore, isto é, Holden Roberto, também fazia parte do mesmo processo, tendo sido julgado à revelia. É tempo dos responsáveis editoriais do jornal em que escreve(?!) e as autoridades que acompanham a actividade profissional dos jornalistas, porem um ponto final no “terrorismo” deste cidadão que, desta vez e de cabeça completamente perdida, até se põe a jeito de levar como resposta um processo colectivo, quer por parte dos heróicos réus do Processo dos Cinquenta e seus familiares, bem como dos seus advogados de defesa e respectivas famílias. (Novo Jornal)

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    1 COMENTÁRIO

    1. Depois da leitura deste texto, fiquei completamente transtornada, porque não posso aceitar que um indivíduo deputado de um partido político, com assento na assembleia nacional de nome (MAKUTA N’KONDO) sem conhecimentos de causa a meu ver e de forma gratuita, se ponha a denegrir a imagem de homens que foram pioneiros, para que Angola se tornasse independente, sem armas, usando somente as suas mentes, para defenderem os seus conterrâneos do jugo colonial. Entre eles estava o meu pai ANTÓNIO MARQUES MONTEIRO, que sem se importar com os seus 7 filhos ainda de tenra idade se juntou a outros tantos que comungavam os mesmos ideais, para enfrentarem o Governo Colonial a fim de conseguirem a Independência do seu povo. Hoje esses mesmos homens são denominados pelo dito senhor de delinquentes, criminosos etc, Pode-se admitir isso?
      Não aceito e não admito que o nome do meu pai seja denegrido. Em reunião de família decidimos que faremos tudo para que a memória do nosso pai, bem como dos outros intervenientes do mesmo processo seja limpo da maldade desse suposto político e resolvemos intentar judicialmente contra esse indivíduo sem escrúpulos, bem como ao jornal Semanário Angolense que aceitou emitir esta barbárie contra os homens que os considero Heróis da Pátria. Não descansaremos enquanto este homem não for julgado e condenado pelo crime de difamação à memória destes HERÓIS NACIONAIS que se esqueceram das suas famílias para defenderem o povo angolano . Quero justiça e chega de voltarem a denegrir a imagem dos nossos nacionalistas.

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