A cooperação técnico-militar entre Angola e Portugal tem contribuído muito no processo de reedificação das Forças Armadas Angolanas (FAA) afirmou hoje, segunda-feira, em Luanda, o director nacional de Relações Internacionais do ministério da Defesa Nacional, general Higino de Sousa “Zé Grande.
O Higino de Sousa fez essa afirmação quando discursava na abertura da 14ª Reunião da Comissão Bilateral Luso-Angola no domínio da defesa, tendo sublinhado que esta cooperação tem trazido uma mais-valia ao ministério.
Segundo o general, é neste âmbito que os dez projectos enquadrados no programa–quadro decorrem sem grandes sobressaltos em relação aquilo que foi preconizado.
“A análise que faremos sobre a materialização de cada projecto permitir-nos-á aferir o seu grau de implementação, os possíveis estrangulamentos e delinear soluções para que o programa seja cumprido na íntegra”, disse.
Por outro lado, manifestou a preocupação do executivo angolano em relação as situações no leste do Congo Democrático e na Guiné-Bissau.
O general disse que o governo tem acompanhado com atenção a situação nestes países , tal como a crise na zona Euro, onde Portugal se insere.
A 14ª reunião da Comissão Bilateral Luso-Angola, no domínio da defesa, deverá fazer o balanço do que foi feito ao logo do último período, 2011-2014, e perspectivar acções concretas que permitiram reforçar os laços de amizade e cooperação entre os dois estados.
No encontro, além de avaliar o grau de cumprimento das recomendações da última reunião realizada em Lisboa (Portugal), as partes vão analisar o cumprimento dos programas de cooperação técnica militar entre os dois países.
Dados da embaixada portuguesa indicam que mais 16 mil militares angolanos passaram pelo programa-quadro de cooperação técnica-militar com Portugal, estabelecido formalmente desde 1996, em projectos que vão desde a formação até à assessoria aos órgãos superiores de decisão das FAA.
O evento iniciado hoje irá decorrer até quarta-feira. (portalangop.co.ao)