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    Angola passa testemunho na FAO

    O ministro angolano da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Afonso Pedro Canga, passou, quinta-feira, em Brazzaville, o testemunho de presidente da conferência regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para África ao seu colega congolês das Pescas e Aquacultura, Hellot Mampoua Matson, em representação do titular da pasta da Agriultura e Pecuária, Rigobert Mamboundou.

    A cerimónia que ocorreu numa das salas do Palácio dos Congressos na presença de 46 delegações dos Países membros, entre as quais 37 chefiadas por ministros e vice-ministros, foi precedida pela eleição do Congo à presidência da XXVII conferência regional da FAO para África, enquanto a Tunísia e Uganda ocupam as vice-presidências e a Costa de Marfim e Angola, o cargo de primeiro e segundo relator, respectivamente.

    O governante angolano fez o balanço das acções empreendidas durante o seu mandato desde Maio de 2010 até a presente data, realçando que a XXVI conferência regional da FAO para África, tida de 03 a 07 de Maio de 2010, deu início a ‘’um novo quadro institucional de governação’’ da referida organização à nível do continente.

    Depois de salientar o facto de Angola ter assumido concomitamente, durante o mesmo período, a presidência da Comunidade para o Desenvolvimento de África Austral (SADC) e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Pedro Canga apresentou um balanço das acções empreendidas e outros factores que marcaram o seu mandato.

    Citou, entre tantos outros, mudanças no contexto da acção da FAO em África, o início da aplicação da reforma e a eleição do novo director-geral do referido organismo especializado da ONU, além de ‘’importantes alterações do ponto de vista político, económico e social’’ registadas no mundo e em muitas regiões e Países do continente.

    Para o ministro angolano, “as mudanças e os desafios inerentes à necessidade de abrir novos caminhos foram factores que influenciaram a acção por nós desenvolvida”.

    Acrescentou que as mesmas de forma global e regional, bem como as alterações climáticas tiveram impactos directos e indirectos sobre muitos Países do continente, particularmente no que concerne ao seu desenvolvimento rural e à segurança alimentar das suas populações.

    Sustentou que a acentuação da crise económica e financeira global contribuiu para tornar evidente a necessidade de reforçar a prioridade em relação ao desenvolvimento do sector agrícola em África e aprimorar a governabilidade internacional, em particular, a do sistema alimentar.

    No que toca à assistência humanitária imediata às vítimas da seca prolongada no Corno de África, recordou a aprovação pelo Presidente José Eduardo dos Santos, em nome do Povo e Governo angolanos e no quadro da mobilização internacional, de uma contribuição de cinco milhões de dólares para acudir as populações da referida região.

    Destacou a presidência “pro-activa” assumida por Angola com o grupo de representantes dos Países africanos em Roma, organizando e (ou) facilitando reuniões com os mesmos e as organizações sub-regionais e com parceiros multi e bilaterais, quer na capital italiana quer em Luanda, no domínio da segurança alimentar em geral e, em particular, na implementação as recomendações (4 e 5) saídas da XXVI° conferência regional da FAO para África realizada em Maio de 2010 na capital angolana.

    Fonte: Angop

    Pedro Canga disse que durante o seu mandato procurou-se operacionalizar o grupo “ad hoc” de Países para a ligação do Continente com a Direcção do Comité de Segurança Alimentar e iniciar uma avaliação das possíveis alternativas para a vinculação mais permanente do referido comité com África, na base de uma colaboração mais próxima com os órgãos da governação do Programa Acelerado de Desenvolvimento da Agricultura Africana da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD).

    Enumerou algumas reuniões e iniciativas encetadas durante a sua presidência, considerando-as como “o nosso melhor esforço para fortalecer as anteriores” e disse esperar que os Estados membros saberão fazer crescer esta semente plantada por Angola.

    Depois de manifestar “inequivocamente”o compromisso de apoiar a nova presidência do que for conveniente, Pedro Canga agradeceu todos quantos prestaram “um enorme apoio recebido no decorrer do trabalho realizado por Angola” e concluiu declarando-se certo de que “o nosso trabalho em conjunto permitirá continuar a lutar pelo desenvolvimento agrícola e rural em África e pela realização efectiva de mais elementar direito humano, o da alimentação adequada”.

    A sessão em que intervieram igualmente o presidente do Comité de Segurança Alimentar (CSA), Luc Guyau, e o director-geral da FAO, José Graziano da Silva, foi presenciada pelo embaixador de Angola na Itália e representante junto a FAO, Florenço de Almeida, e os peritos e altos funcionários angolanos ligados à Agricultura, Pecuária, Pescas e Florestas.

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