A tendência de Angola em alguns indicadores do Índice Ibrahim de Governação Africana desde 2013 representa “sinais de aviso”, ou preocupação. A qualidade da governação no País está abaixo da média africana e da SADC. No entanto, as politicas sociais, saúde e educação melhoraram desde 2008.
Angola volta a ocupar o 45.º lugar do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIGA), que analisa 54 países e cuja actualização estatística revela que o País permaneceu a última década entre os 10 piores do continente.
Na edição de 2018, relativa ao ano de 2017, o País obteve uma pontuação de 38,3 pontos (numa escala de 0 a 100), apenas mais 0,4 pontos face a 2016. Este valor resulta numa ligeira tendência de descida desde 2013 (menos 0,1), mas revela uma subida de 0,7 pontos na última década.
Esta edição do IIGA avaliou 102 critérios, agrupados em quatro grandes categorias e 14 sub-categorias, nas áreas da segurança e estado de direito; participação e direitos humanos; desenvolvimento económico sustentável; e desenvolvimento humano.
Esta edição apresenta também uma actualização dos dados da última década, quer devido a novos dados estatísticos, quer devido a alterações na metodologia de cálculo do índice. Neste âmbito, o documento avalia a evolução dos indicadores nos últimos 10 anos (2008-2017) e nos últimos 5 anos (2013-2017).
As novas contas resultam em dados diferentes dos publicados a cada ano, uma característica partilhada com outros índices internacionais, e que neste caso resultam na colocação do País numa posição estável no ranking desde 2008, quase sempre na posição 45 (ver gráfico na página 4), entre os 10 piores. (Expansão)
