O Executivo angolano, através do Ministério das Relações Exteriores, destacou a importância da Conferência Ministerial sobre Segurança Nuclear, que decorre desde o dia 15 até 17 do mês em curso, na cidade de Fukushima, Japão.
O país faz-se representar no fórum pela secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, segundo uma nota de imprensa do Gabinete de Informação e Documentação do Ministério das Relações Exteriores, a que à Angop teve hoje acesso.
Ao discursar no evento, hoje, 16 de Dezembro, a secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, notou que a conjuntura internacional apela cada vez mais à necessidade da actuação coordenada dos Estados membros em diferentes direcções para fazer face aos gigantescos desafios que se colocam hoje, num mundo dominado por tecnologias avançadas mas em contrapartida, por um défice alarmante de diálogo, solidariedade activa, marcas que a crise internacional que assola o mundo desde 2009 vem evidenciando.
Ao participar na presente conferência, enfatizou, a República de Angola está ciente da importância do mesmo para a troca de opiniões sobre a segurança nuclear e sobre o que pode partilhar no quadro das lições tiradas do acidente da Central Nuclear de Fukushima, de modo a que o plano de acção da Agência Internacional de Energia Atómica sobre Segurança Nuclear, aprovado em Setembro de 2011, constitua, de facto, uma plataforma para acção neste domínio.
A secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, apontou alguns dos compromissos que exortam os Estados ao estabelecimento de programas nacionais específicos e de parcerias, sobretudo ao nível da gestão de riscos nas fronteiras para prevenir acidentes.
Destes, destacou a responsabilidade para garantir a aplicação dos altos padrões de segurança nuclear e, para providenciar em tempo oportuno, respostas adequadas às situações de emergências nucleares, a definição de padrões de segurança para garantir a segurança e a protecção das populações e do meio ambiente dos efeitos prejudiciais da radiação ionizadora.
Para si, a vontade política dos governos para implementar acções no domínio da segurança nuclear na base de uma partilha de informações que conduza à identificação das causas do fenómeno de forma transparente e à busca de elementos para a análise que propiciem o equacionamento de respopstas adequadas às situações de risco constitui o passo fundamental para a implementação efectiva das actividades constantes do plano de acção, aprovado pela 55ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica em Setembro de 2011.
Ressaltou que a República de Angola junta a sua voz a de todos quantos se opõem à proliferação de armas de destruição maciça e reconhece potencial da Energia Nuclear para fins pacíficos, sendo este o princípio que norteia a legislação angolana.
Nesse contexto, lê-se no documento, a nível interno, ressalta-se a aprovação de “Lei de Energia Nuclear” com vista a regulamentar a utilização das vantagens da energia nuclear, ao nível dos recursos naturais, do desenvolvimento sócioeconómico e contra grandes endemias, sem, no entanto, descurar a questão da segurança.
“Em nome do progresso e dentro de um quadro de desenvolbvimento responsável, o país sauda o papel da Agência Internacional de Energia Atómica, da qual é Estado-membro, pela sua contribuição para a paz e segurança internacional, especialmente através do “Plano de Acção da AIEA sobre segurança nuclear”, refere no seu discurso. (portalangop.co.ao)
