Angola exortou a Comunidade Internacional, e em particular o Conselho dos Direitos Humanos, para resistir a qualquer tentativa de politizar questões relativas aos direitos humanos e trabalhar na busca de soluções pacíficas através do diálogo e a negociação para as crises actuais e futuras.
Este pronunciamento foi feito hoje (segunda-feira), em Genebra (Suíça), pelo Representante Permanente de Angola junto da ONU e Organizações Internacionais sedeadas nesta cidade, Embaixador Apolinário Correia, durante a 24ª Sessão do Conselho dos Direitos Humanos.
Na sua intervenção, o diplomata indicou que desta forma evita-se os benefícios do sofrimento, a perda de vidas e as contínuas violações do direito internacional humanitário.
Neste âmbito, afirmou, “ Angola apoia os esforços da comunidade Internacional na implementação do Acordo -Quadro para a paz, segurança e cooperação na RD Congo e na região dos Grandes Lagos, para enfrentar as causas da violência no leste da RDC, aprovada em Fevereiro de 2013, em Addis –Abeba pelo governo congolês e os dez países da região “.
Sublinhou que este apoio é reafirmado pela realização, a 23 de Agosto de 2013, de uma cimeira tripartida em Luanda entre os Chefes de Estado de Angola, RDC e África do Sul.
Após realçar a visão alarmante do Relatório sobre Direitos Humanos, apresentado hoje pela Alta Comissária, Navi Pilay, caracterizado pela crescente crise política e Humanitária em algumas partes do mundo, afirmou que Angola condena todas as formas de violência sexual contra mulheres e crianças que constituem crimes e violações graves dos direitos humanos à luz da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Referindo-se aos conflitos actuais, o Embaixador disse que Angola condena veementemente qualquer uso de armas químicas contra civis na Síria, e lamenta as violações dos direitos humanos e a deterioração da situação humanitária naquela região.
Saudou os esforços do Representante Especial Conjunto das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, com vista a facilitar o diálogo entre as partes em conflito, e reiterou a sua convicção de que não há solução militar para a crise.
Por outro lado, disse que Angola continua preocupada com a deterioração da situação Humanitária e dos direitos humanos da República Centro Africana, bem como a situação no Egipto, tendo-se congratulado com a retomada das negociações directas entre Israel e a Autoridade Palestina.
No seu discurso, o Embaixador angolano saudou o bom desenrolar das eleições presidenciais realizadas no Mali, como um passo importante para a restauração da boa governação e do Estado de Direito, e no Zimbabwe, realçando que as sanções unilaterais impostas a este país afectam os esforços para a consolidação do Estado de direito e da democracia. (portalangop.co.ao)