Anita Viga, Diretora de Marketing da Skretting: “Tradicionalmente temos fabricado alimentos para peixes usando recursos tais como farinha de peixe e o óleo de peixe. Uma fórmula que não é sustentável a longo prazo.”
Peixes criados em pisciculturas possuem uma lista de ingredientes frescos no cardápio.
Originalmente, a aquicultura utilizava restos de peixes pequenos para alimentar os grandes.
No entanto, os recursos dos oceanos, submetidos a uma grande pressão, estão cada vez mais limitados e a alimentação mudou completamente.
Baseia-se nas culturas tradicionais.
Leo Nankervis, Investigador de Nutrição sénior na Skretting ARC: “No entanto ainda se parece muito, tem mesma forma e partilha das mesmas características do alimento original. Mas desde que retirámos a maior parte da farinha de peixe, utilizamos uma variedade de outras matérias primas tais como o glúten de trigo, concentrado de proteína de soja, e uma variedade de feijões e ervilhas, para recuperar o perfil de nutrientes que a farinha de peixe fornece.”
Um programa da Comissão Europeia está a impulsionar a mudança nos hábitos alimentares em pisciculturas. Os cientistas já testaram com o salmão, com a truta arco-íris, com o pargo e a carpa.
A dieta ainda não é vegetariana a cem por cento, mas o uso de farinha de peixe tem sido reduzido ao mínimo. Mas como podemos avaliar os resultados?
Leo Nankervis: “Em primeiro lugar analisamos a digestibilidade, colocando um marcador inerte que pode medir com precisão a quantidade deixada após a digestão, e quanta está disponível para os peixes. A partir daí podemos incluí-la num crescimento de ensaio para avaliar o efeito da matéria prima no crescimento dos peixes.”
Os testes confirmam que o peixe cresce tão bem e tem um gosto como se a sua dieta fosse vegetariana, como à base de grãos de soja.
Nesta fábrica de Stavanger, na Noruega produz-se a maior parte do alimento para a aquicultura sustentável.
Anita Viga: “Temos realizado imensos testes, e realmente demonstramos aos agricultores que se tratava de um alimento em funcionava, que estava no auge, que se produz um peixe de boa qualidade, que tem um potencial económico, e viram tanto o seu desenvolvimento como o seu potencial de crescimento, porque se tratava de uma forma sustentável de o fazer.”
Fonte: EURONEWS