A temperatura da colisão entre as autoridades nigerianas e a comunidade xiita, subiu nesta quarta-feira, após o anúncio de que 400 membros desta escola de pensamento muçulmano estarem detidos, noticiou a Prensa Latina.
Na segunda-feira, a Polícia dispersou com disparos uma manifestação pública de xiitas, seis dos quais morreram pelos impactos da bala, contra a detenção de um dos líderes do Movimento Islâmico da Nigéria (IMN), o cheikh Zakzaky, encarcerado três anos atrás acusado de incitar à violência.
Os porta-vozes policiais acusaram os manifestantes de serem portadores de armas perigosas e bombas incendiárias de fabricação caseira.
Fontes da IMN refutaram as alegações e afirmaram que a posse que a posse foi convocada no âmbito do marco de Achura, comemoração do falecimento do iman Hussein, no deserto do Sahara, Iraque.
Os incidentes do início desta semana, são os mais violentos desde finais de 2015, quando o exército matou 348 fiéis xiitas na cidade de Zaria.
A Nigéria é um país africano de maioria musulmana no qual predominam os sunitas, adversários históricos dos xiitas desde a morte do profeta Maomé. (Angop)
