A informação foi avançada pela coordenadora do programa de medidas sanitárias das Forças Armadas Angolanas (FAA), Lídia Garcia, numa mensagem alusiva ao Dia Internacional da Água, assinalado quinta-feira.
Lídia Garcia disse que o consumo de água mal tratada provoca doenças, como a cólera, diarreias, febre tifóide e hepatite infecciosa.
A responsável adiantou que um dos grandes problemas ambientais da actualidade, tanto em países desenvolvidos, como em desenvolvimento, tem a ver com a qualidade da água.
Referiu que a OMS indica que, nos países em desenvolvimento, cerca de 70 por cento da população rural e 25 da urbana não consomem água potável adequada.
A médica sublinhou a necessidade de se reduzir o desperdício da água na produção agro-industrial e no consumo doméstico.
Defendeu que a protecção da água constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. “O melhor método de assegurar a água adequada para o consumo consiste na sua protecção”, afirmou.
A médica Lídia Garcia sublinhou a importância do saneamento básico para a protecção das fontes de abastecimento de água, que continuam a ser contaminadas pelo despejo sem tratamento dos esgotos. A especialista alertou, também, que a água contaminada, lançada nos rios e mar, pode provocar a morte dos peixes e outras espécies.
“Mesmo quando os peixes sobrevivem, podem acumular no organismo substâncias tóxicas que provocam doenças, se forem ingeridos pelos seres humanos”, asseverou Lídia Garcia.
Informou que mais de seis mil milhões de pessoas no mundo utilizam cerca de 54 por cento da água doce disponível nos rios e lagos. A funcionária das Forças Armadas Angolanas salientou que cada pessoa necessita de pelo menos 40 a 50 litros de água por dia para as suas necessidades pessoais. O Dia Mundial da Água foi proclamado a 22 de Março de 1992 pela ONU.