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    África homenageada nas celebrações do desembarque

    A França assinalou hoje na Provença, sul do país, os 75 anos do desembarque das tropas aliadas que em 1944 precipitaram a queda do regime nazi. O acto solene de homenagem aos combatentes africanos, determinantes nesta operação, contou com a presença dos chefes de Estado da Guiné Conacri e da Costa do Marfim.

    Segundo avança a RFI | as comemorações foram presididas pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que lançou o repto aos presidentes de câmara para que se possam atribuir nomes de combatentes africanos a ruas e praças francesas para homenagear a sua bravura.

    “A grande maioria dos soldados da principal força do exército francês da libertação vinha de África: Franceses do norte de África, fuzileiros a quem chamávamos de senegaleses, mas que vinham, na realidade, de toda a África sub-sahariana”, disse Emmanuel Macron.

    O Presidente francês lançou um apelo aos presidentes de câmara para que dêem vida “através dos nomes das nossas ruas e praças, através dos nossos monumentos e cerimónias à memória destes homens de que se orgulha a África inteira”.

    Também presente na cerimónia estiveram os chefes de Estado da Guiné Conacri e da Costa do Marfim. Alpha Condé saudou a memória colectiva da França, mas também de África: “Naquele momento em que a França, e respectivos aliados, combatia pela sua sobrevivência e pela sua liberdade, os filhos e filhas dos territórios africanos de então sentiram-se envolvidos, implicados, na partilha do chamamento absoluto e universal da liberdade”.

    A 15 de Agosto de 1944, dez semanas depois do desembarque da Normandia, milhares de soldados franceses lançaram uma segunda ofensiva nas praias do sul da França para participar da libertação da Europa do jugo da Alemanha nazista.

    Além de acelerar a retirada alemã, este segundo desembarque foi extremamente simbólico para França para a sua própria libertação.

    Apenas um pequeno grupo de soldados franceses participou do desembarque da Normandia algumas semanas antes. O general Charles de Gaulle minimizou a operação, depois de ter sido praticamente excluído da preparação.

    Da ofensiva mediterrânea participaram 450.000 homens, dos quais 250.000 procediam das colónias francesas do norte da África, explicou o professor catedrático da universidade de Bordéus, Rafael Lucas.

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