O governo angolano deve apostar mais no aumento do fornecimento e na melhoria da qualidade da água potável aos cidadãos, afirmou hoje o secretário-geral da Associação de Defesa do Consumidor (Adecor), Marcelino Caminha.
Segundo avança Angop, os investimentos devem ser feitos desde o processo de captação de água (nos rios, lagos e lagoas), nas Estações de Tratamento (ETA), nos Centros de Distribuição (CDA) da empresa EPAL e no aumento da instalação de contadores domiciliares, para permitir um pagamento mais justo, ao invés de ser por estimativa, indicou o líder associativo.
Marcelino Caminha, que falava no final da visita às ETA e CDA dos municípios de Viana, Cazenga e de Cacuaco, apontou o fraco desempenho da Epal no processo de captação de água na lagoa do Kassaque, onde passa o rio Luei, que abastece a Estação de Tratamento da centralidade do Kilamba, para evitar que a água volte a ter a coloração que se observou no mês de Abril.
Parabenizou a Empresa Pública de Águas (Epal) por ter ultrapassado o problema da má qualidade da água que fornecia há um mês.
A visita às ETA e CD contou o acompanhamento dos directores de produção, de manutenção e de redes e distribuição da Epal, Albano Neca, Alfredo Lupambo e Hélder Tona, respectivamente. Na ocasião, informaram à Adecor como se processa o fornecimento de água à população, desde a captação, tratamento e distribuição.
Marcelino Caminha disse que a Adecor vai continuar a acompanhar os trabalhos da Epal e intervir, caso surja alguma anomalia relativas ao fornecimento de água potável.
A Epal é uma empresa pública vocacionada à captação, tratamento e distribuição água. Controla 14 ETA e 27 CD.
Nessa altura, a empresa enfrenta uma greve dos seus trabalhadores, filiados à Central Geral Sindicatos Independentes de Angola (CGSILA), que paralisaram os trabalhos desde o dia 28 de Março último, devido às exigências pela melhoria de condições de trabalho e de um aumento salarial.