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    UA: Angola condena violência motivada pelo ódio

    O Representante Permanente junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), embaixador Miguel César Bembe, reiterou que o país condena veementemente todas as formas de violência motivadas por ódio étnico, religioso, racial ou qualquer outro tipo de discriminação.

    Falando na “Sessão aberta do Conselho de Paz e Segurança da UA dedicada aos crimes de ódio e o combate à ideologia do genocídio em África e que assinalou o 30º aniversário do genocídio contra os tutsis”, realizada na quinta-feira, em Adis Abeba, o diplomata angolano enfatizou a necessidade de se aprender com os erros do passado e trabalhar incansavelmente para evitar que tais atrocidades voltem a acontecer no continente.

    O igualmente embaixador na Etiópia lembrou que “Angola viveu uma guerra fratricida até Abril de 2002, que devastou a sua população, causou graves problemas sociais e deixou muitas sequelas na vida das famílias”, cita uma nota de imprensa da embaixada.

    Apontou que o desenvolvimento integral e inclusivo é o actual sinónimo da paz, com evidências inequívocas nas transformações estruturais do ponto de vista, político, económico, social e cultural que caracterizam a nova Angola.

    Destacou que o país está firmemente empenhado em promover a tolerância, a inclusão e o respeito pelos direitos humanos, que são pilares fundamentais do processo do desenvolvimento nacional, contribuindo para a construção de uma África próspera e pacífica.

    “Reafirmamos, por isso, o apoio da República de Angola às iniciativas promovidas pela União Africana destinadas a prevenir e combater crimes de ódio e genocídio, através da cooperação entre os Estados-Membros. Esta cooperação visa não só combater a impunidade e prevenir a recorrência destes crimes, mas também procurar a paz duradoura, a justiça, a verdade e a reconciliação”, acrescentou Miguel Bembe.

    Para alcançar os referidos objectivos, o diplomata esclareceu que Angola considera imperativo reforçar os sistemas judiciais nacionais e garantir que os autores de crimes de ódio e genocídio sejam responsabilizados, sendo levados à justiça e que as vítimas devem receber o apoio de que necessitam para reconstruir as suas vidas.

    Sublinhou a necessidade de todos os Estados-Membros da União Africana redobrarem os seus esforços para implementar eficazmente medidas preventivas, promover o diálogo intercultural e construir sociedades inclusivas e resilientes.

    Realçou que a República de Angola considera fundamental que as políticas educativas nacionais desenvolvidas pelos Estados-Membros possam produzir cidadãos livres de preconceitos étnicos, regionais e religiosos e que estejam empenhados em proteger os direitos humanos.

    O embaixador sugeriu que a UA introduza no seu roteiro anual acções concretas com base no tema de 2024, denominado “Formar Africanos para o Século XXI: Construir Sistemas Educativos resilientes para aumentar o acesso à aprendizagem inclusiva, de qualidade e contínua em África”.

    Fundamentou que as causas subjacentes ao genocídio, incluíndo o ódio étnico, a intolerância e o incitamento à violência, são os verdadeiros obstáculos à estabilidade e ao desenvolvimento sustentável no continente africano, que só podem ser superados através do diálogo inclusivo, da educação, de uma cultura de paz e de respeito mútuo, com o objectivo de construir sociedades verdadeiramente pacíficas.

    “Neste contexto, o Governo da República de Angola, em colaboração com a UA e a UNESCO, têm vindo a organizar o “Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência – “Bienal de Luanda”, cuja 4ª Edição está prevista para o ano de 2025”, pontualizou Miguel Bembe.

    Referiu que a Bienal de Luanda visa fomentar uma cultura de paz, prevenir a violência social, promover a resolução pacífica de conflitos e incentivar o intercâmbio cultural em África, o diálogo inter-geracional e a construção de sociedades inclusivas e resilientes.

    Reafirmou o apoio da República de Angola aos esforços da União Africana e da comunidade internacional para promover a paz, a segurança e os direitos humanos em todo o mundo, especialmente em África. ADR

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    FonteANGOP

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