A histórica cidade de Mbanza Kongo, na província do Zaire, elevada à Património Mundial da Humanidade a 8 de Julho de 2017, requer atenção especial quanto à sua conservação e requalificação, com vista a atingir o desenvolvimento socioeconómico pretendido, disse, ontem, o novo administrador municipal de Mbanza Kongo.
Manuel Nsiansoki Gomes, ao receber as chaves da cidade histórica das mãos da antecessora, Nzuzi Makiese Wete Kadi, afirmou que o desenvolvimento de Mbanza Kongo e o aumento de oportunidade de emprego para a juventude constituem premissas para esse processo.Outro factor que pode concorrer para o desenvolvimento socioeconómico da região, segundo o novo administrador municipal, tem a ver com o relançamento da máquina turística, no sentido amplo da palavra.
Segundo o administrador municipal, o saneamento da cidade de Mbanza Kongo constitui também uma prioridade, bem como a conservação do património material e imaterial herdado dos ancestrais, no sentido de tornar os diversos monumentos atractivos aos olhos dos turistas. “Com o apoio da população e das autoridades tradicionais é possível dar solução ao problema da recolha e tratamento dos resíduos sólidos, tanto no casco urbano como na periferia da cidade de Mbanza Kongo”, disse Manuel Nsiansoki Gomes.
A conservação de todo o património material e imaterial e a implementação de outras acções inerentes vão catapultar Mbanza Kongo para níveis turísticos internacionais, de acordo com o administrador municipal. “Mbanza Kongo pretende tornar-se uma região turística de nível internacional, atraindo milhares de turistas nacionais e estrangeiros, em torno de monumentos como o Kulumbimbi, primeira Igreja Católica construída no continente africano à Sul do Equador, o Yala-Nkwo, a árvore mística que verte uma seiva avermelhada semelhante ao sangue, o Museu dos Reis e o Lumbu, tribunal tradicional, regido pelos representantes da corte real”, avançou.