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    Novo projeto de Moro na segurança é ‘tímido’, mas muda abordagem, diz membro do MP-SP

    Na quinta-feira (29), o governo federal lançou um programa piloto de combate à criminalidade violenta. A Sputnik Brasil ouviu um subprocurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para analisar o assunto.

    O governo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o Ministério da Justiça e Segurança pública, comandado por Sergio Moro, lançaram um projeto piloto chamado de “Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta”.

    O programa sucede o antigo pacote de medidas de Sergio Moro apelidado de “pacote anticrime”, que sofreu diversas derrotas no Congresso.

    O novo projeto será implementado em uma cidade de cada região. As cidades escolhidas são Ananindeua-PA, Goiânia-GO, Paulista-PE, Cariacica-ES e São José dos Pinhais-PR.

    O secretário nacional de segurança pública disse ainda que o programa envolverá 8 ministérios e tentará levantar informações sobre a violência nos locais escolhidos.

    Para analisar a questão, a Sputnik Brasil entrevistou Mário Luiz Sarrubo, subprocurador de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais e membro do Ministério Público de São Paulo.

    Para Sarrubo, o projeto tem pontos relevantes que tem capacidade de conseguir reduzir a criminalidade violenta. No entanto, ele também classifica o projeto, por ora, como “tímido”.

    “A única questão que se apresenta para nós como um problema é que [o programa] por enquanto é muito tímido, na medida em que será apresentado em 4 ou 5 cidades”, afirma o subprocurador em entrevista à Sputnik Brasil.

    Sarrubo acrescenta que a solução é necessariamente mais complexa.

    “Em termos de criminalidade de Brasil, nós precisaremos de um programa mais amplo de participação do governo federal”, diz.

    Abordagem ampla e permanência do Estado são fundamentais, diz subprocurador
    O governo afirma que o mérito do projeto está em articular uma força interministerial com trabalho entre União, estados e municípios. Sarrubo também aponta que considera a ideia boa, tendo em vista que “falar em segurança pública não significa tão somente colocar policiais nas ruas”.

    Por isso mesmo, o membro do Ministério Público de São Paulo acredita que é necessário observar quais tipos de profissionais estarão nas ruas para cumprir com o programa.

    “É importante que nós tenhamos profissionais de educação, saúde, habitação que tenham a habilidade suficiente para demonstrar à população que o Estado está presente”, pondera.

    Sarrubo também aponta que esse tipo de trabalho tem a necessidade de durar, ou seja, precisa ser realizado como um programa de médio a longo prazo.

    “É necessário que tenhamos profissionais capacitados, preparados para lidar com uma situação específica. E mais do que isso, o Estado precisa pensar em ocupar esses locais de forma definitiva”, assevera.

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