A explosão ocorreu na refinaria Amuay, no Complexo Refinador de Paraguaná do Estado de Falcón, situado a 450 quilómetros a oeste de Caracas.
Pelo menos 26 pessoas morreram e 82 ficaram feridas, segundo o último balanço das autoridades venezuelanas sobre uma explosão hoje na área das esferas de gás da Refinaria Amuay, no Complexo Refinador de Paraguaná do Estado de Falcón, 450 quilómetros a oeste de Caracas.
“A situação está controlada (na refinaria), estamos a fazer o translado dos feridos.”, disse a governadora do Estado Falcón, Estela Lugo, ao canal estatal Venezuelana de Televisão.
Entre os feridos há duas cidadãs portuguesas naturais da Madeira e dois luso-descendentes.
Segundo José Matos, presidente do Centro Português de Punto Fijo, há vários negócios de portugueses afetados pela explosão, alguns dos quais foram depois pilhados. Explicou ainda que os bombeiros e os médicos da região acudiram ao sítio para atender a pessoas e que os hospitais públicos e clínicas privadas da localidade foram habilitados para prestar atenção aos feridos.
Segundo o ministro venezuelano de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, Houve “uma fuga de gás” cuja origem está por determinar e que “gerou uma nuvem, que depois explodiu e provocou incêndios em pelo menos dois tanques da refinaria e nas áreas circundantes”.
Forte explosão
“A onda explosiva foi de uma magnitude importante, de maneira tal que há danos apreciáveis em algumas estruturas e habitações que estavam em frente da refinaria, sobretudo no comando da Guarda Nacional (polícia militar) que presta serviço à refinaria”, disse.
Rafael Ramirez explicou que “neste momento tanto o componente militar como a indústria (petrolífera) estão fazendo as atividades de verificação e inspeção, identificação de feridos para levá-los aos hospitais”.
Precisou que pelas 3 horas locais (8h30 horas em Lisboa) “no interior da refinaria” estava “extinta qualquer possibilidade de expansão do fogo”.
“Cortou-se o abastecimento na refinaria, para essa zona e vamos controlar os focos de incêndios que surgiram tanto num tanque de combustível próximo como no perímetro da esfera de gás”, disse o ministro, sublinhando que os serviços de proteção civil e as forças armadas venezuelanas encontram-se no sítio.
Várias casas destruídas
Segundo Rafael Ramírez há várias casas destruídas pela onda explosiva e devido ao danos provocados em habitações não será possível “dar nenhuma informação completa” sobre a quantidade de feridos, “até que terminem as tarefas de inspeção”.
O ministro apelo à população a manter a calma, “apesar do impacto da onda e do ruído que ocasionou e que pode causar muito nervosismo e a rutura de vidros das casas circundantes”.
“Há que manter a calma e permitir o acesso às refinarias e todos os trabalhos que estão fazendo de avaliação de danos e extinção dos incêndios que e produziram produto desta explosão”, frisou.
FONTE: Expresso