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    Uso das músicas de Artur Nunes desautorizado pela progenitora

    Maria Luísa José Fernandes, mãe do falecido cantor  Artur Nunes, exige ao músico Yuri da Cunha uma indemnização e um pedido de desculpas pela utilização das suas canções, sem o seu consentimento.
    A octogenária que não avançou o montante, revelou ontem a sua preocupação durante um encontro mantido com o presidente da Sociedade Angolana do Direito de Autor (SADIA), Lopito Feijó, que serviu também para a recepção do cartão de membro desta organização.
    Artur Nunes foi inscrito a semana passada, com o número 866 e, segundo o regulamento, a progenitora é a herdeira legítima do artista, uma vez que ele não deixou filhos.
    Segundo Maria Luísa Fernandes, Maria Nunes “Santinha”, irmã que autorizou Yuri da Cunha a usar as músicas, também não pediu a sua autorização, pelo que condena a atitude que considera egoísta. Afirmou, ainda, que tem sido pressionada por “Santinha” para receber dinheiro em troca da sua assinatura.
    A mãe de Artur Nunes garante que nunca recebeu dinheiro do projecto “Yuri da Cunha canta Artur Nunes”, mas afirmou ter recebido 2.500 dólares, há mais de cinco anos, no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, pela produção do programa Caldo do Poeira, pela inclusão de temas de Artur Nunes num dos seus discos.
    Desabafou ainda que a filha tem um relacionamento deplorável com os irmãos, por pensar ser a única irmã, de pai e mãe, de Artur Nunes. “Ela diz que as músicas do disco estão registadas em seu nome, mas é mentira, porque tem tentado a todo custo sensibilizar-me a entregar o meu bilhete de identidade, sabe-se lá para quê”, disse.
    Segundo o presidente da SADIA, a autorização de “Santinha” é nula, por esta não ter cunho jurídico e pelo facto de não apresentar um documento que a indique como única herdeira. Lopito Feijó frisou que nenhum cantor deve usar um produto alheio sem um pedido prévio, uma vez que, caso contrário, o lesado é quem determina o montante a receber como indemnização. Além disso, nenhum irmão é herdeiro directo de Artur Nunes e a legitimidade pertence à mãe.

    “Todo o artista que quiser utilizar a criação de outro deve pedir autorização ao autor e passar pela SADIA, que cobra 50 mil kwanzas para autorizar a inclusão de músicas em produtos fonomecânicos”, disse Lopito Feijó.
    O presidente da SADIA afirmou que há muitos outros casos registados pela instituição e desencoraja os artistas a adoptarem um comportamento cívico e moral que respeite a criação alheia.
    O álbum “Yuri da Cunha canta Artur Nunes” foi lançado no princípio de Junho, na Praça da Independência em Luanda, e inclui nove temas de Artur Nunes, numa edição de 18 mil cópias.

    Fonte: JA

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