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    “Um continente de oportunidades”: presidente iraniano começa périplo africano

    O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, inicia esta terça-feira um périplo africano. Esta deslocação ao continente é a primeira de um presidente iraniano em 11 anos, e ocorre um mês após uma viagem à América Latina. O mandatário deve visitar o Zimbabué, Quénia e Uganda.

    “Podemos descrever esta viagem como um novo ponto de partida para o aumento dos laços económicos e comerciais e para o reforço das relações políticas e culturais com os países deste continente”, afirmou na segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani.

    O representante considera que África é “um continente de oportunidades” e que Teerão pretende expandir as relações políticas e económicas em todo o continente.

    Esta viagem de três dias ao continente africano é a primeira de um presidente iraniano em onze anos, numa agenda dominada principalmente pelo reforço da cooperação no campo energético.

    Alireza Peyman Pak, antigo chefe da Organização de Promoção do Comércio do Irão e agora funcionário do Ministério da Agricultura, disse à televisão estatal, antes da viagem, que o Irão tinha estado a “negligenciar” as oportunidades em África nos últimos anos, uma vez que a China e alguns vizinhos de Teerão, incluindo a Turquia e os Emirados Árabes Unidos, reforçaram a sua presença no continente.

    Pak disse que o Irão exportou 1,2 mil milhões de dólares em bens e serviços – incluindo produtos petroquímicos, alimentos, medicamentos e serviços técnicos e de engenharia – para África no ano passado. Acrescentou que o montante ainda não é suficientemente elevado, apesar de ser uma melhoria em relação aos últimos anos.

    “Um dólar africano é o mesmo que um dólar europeu. Os interesses são os mesmos. A economia global exige que interajamos com todas as oportunidades à escala internacional e que melhoremos os nossos rendimentos em moeda estrangeira”, disse, acrescentando que o Irão também pode trocar bens com países africanos em circunstâncias em que os sistemas bancários sejam fracos ou as sanções representem desafios.

    Numa tentativa de diversificar as parcerias estratégicas desde a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear em 2018, a diplomacia iraniana regressou às arenas internacionais em busca de novas relações e investimentos.

    Em Março, o Irão e a rival regional Arábia Saudita concordaram em restabelecer os laços no âmbito de um acordo mediado pela China, um dos grandes feitos diplomáticos do ano. No mês passado, Raisi visitou a América Latina antes de se deslocar à indonésia, uma viagem que o levou à Nicarágua, a Cuba e à Venezuela, três países hostis a Washington. No sábado, Ebrahim Raisi deu as boas-vindas ao ministro dos Negócios Estrangeiros argelino, Ahmed Attaf, numa tentativa de reforçar as relações com Argel.

    O Irão também aderiu à Organização de Cooperação de Xangai, que inclui a China, a Rússia e a Índia, e o Presidente iraniano deverá deslocar-se à África do Sul no final de Agosto para participar na cimeira do grupo de países BRICS, que procura pôr fim ao domínio do dólar nas relações económicas internacionais.

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    FonteRFI

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