A cidade de Donetsk (leste da Ucrânia), capital da região separatista pró-russa que declarou na semana passada a independência da Ucrânia, acolhe hoje a terceira mesa redonda das conversações de “unidade nacional”.
Esta iniciativa inscreve-se no roteiro para a paz proposto pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). As anteriores rondas foram realizadas em Kiev e em Kharkov, a segunda maior cidade da Ucrânia.
“A mesa de unidade nacional é uma plataforma para o diálogo entre representantes da comunidade internacional e as autoridades ucranianas com representantes das organizações envolvidas no conflito”, afirmou, na segunda-feira, o governador de Donetsk designado por Kiev, Serguei Taruta, citado pelos ‘media’ ucranianos.
Estas conversações não contam, no entanto, com a participação dos líderes dos movimentos de rebelião das regiões de Donetsk e Lugansk, que Kiev qualifica como terroristas.
O Ministério Público da Ucrânia declarou as autoproclamadas “repúblicas populares” de Donetsk e de Lugansk como “organizações terroristas”.
Esta terceira reunião acontece poucos dias antes da realização das eleições presidenciais ucranianas, previstas para domingo.
O “governador popular” autoproclamado de Donetsk, Pavel Gubarev, afirmou, entretanto, que não irá reconhecer o resultado das eleições presidenciais.
“Acreditamos que as eleições presidenciais de 25 de maio não serão legítimas. Por isso, não iremos reconhecê-las”, afirmou, na segunda-feira, Pavel Gubarev, em declarações ao canal russo de televisão Rússia 24.
A insurreição separatista pró-russa no leste da Ucrânia já fez, segundo as Nações Unidas, cerca de 130 mortos entre 13 de abril e 16 de maio.