Segundo o Novo Jornal, o Grupo Medianova passa para o controlo do Estado e a ele estão associados o diário “O País”, a Rádio Mais, além da estação televisiva, já citada e a Dammer Gráfica, que imprime o diário e outros títulos que circulam no mercado.
Esta medida decorre dos processos judiciais de que estão a ser alvo os generais Dino e Kopelipa e ainda o empresário e ex-PCA da Sonangol, Manuel Vicente, os proprietários do mais importante grupo comunicacional privado do país.
A entrega formal das empresas ao Estado foi presidida pelo ministro das Telecomunicações, Novas Tecnologias e Comunicação Social, Manuel Homem, que recebeu das mãos dos titulares, todo o dossier formal das referidas empresas.
Com esta medida o Estado passa a controlar a gestão do grupo Medianova, numa altura em que decorrem acções de arresto de outros empreendimentos em nome dos referidos políticos e empresários, que detinham sob o seu controlo, grandes negócios, suportados por financiamentos da petrolífera Sonangol.
Com esta medida o Executivo inicia um novo ciclo de acções que visam a recomposição do modelo económico nacional, até à data a funcionar à margem dos preceitos da ciência económica, onde encontramos políticos a exercer em regime hegemónico a função empresarial.
O imperativo do Executivo passa por dar relevância às pequenas e médias empresas, cujo apoio depende de verbas que normalmente eram absorvidas pelos grandes interesses dos titulares do poder político nacional, que face à conjuntura actual, estão cada vez mais a sentir os efeitos da crise global, motivada pela pandemia Covid 19, que fechou as portas às grandes iniciativas empresariais.
Que sejam salvaguardados os postos de trabalho deste grupo comunicacional que dá ao país outra dimensão no capítulo da nova dinâmica que o país vive a esse nível!
